Costa convoca cimeira extraordinária sobre a Ucrânia para 6 de março

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, vai convocar uma cimeira extraordinária de líderes para 06 de março, dedicada à guerra na Ucrânia e à defesa, disseram à Lusa fontes europeias.

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Lusa
23/02/2025 17:19 ‧ há 3 horas por Lusa

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Ucrânia

A reunião extraordinária do Conselho Europeu foi convocada na sequência dos encontros promovidos pelo Presidente de França, Emmanuel Macron.

 

Em causa estão também as negociações preliminares entre os Estados Unidos da América (EUA) e a Rússia para um acordo de paz com a Ucrânia, que excluíram a União Europeia (UE) e o país invadido.

Entretanto, António Costa (ex-primeiro-ministro português) anunciou nas redes sociais a cimeira extraordinária: "Decidi organizar um Conselho Europeu especial no dia 06 de março."

"Vivemos um momento decisivo para a Ucrânia e para a segurança europeia. Nas minhas consultas com os líderes europeus, ouvi o compromisso partilhado para fazer face aos desafios ao nível da UE: fortalecer a defesa europeia e contribuir decisivamente para a paz no nosso continente e segurança a longo prazo para a Ucrânia", acrescentou.

António Costa, que na segunda-feira vai estar em Kiev, por ocasião do terceiro aniversário do início da invasão russa, disse que vai "continuar a trabalhar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os Estados-membros para estarem preparados para decisões em 06 de março".

A cimeira de 06 de março realiza-se antes da cimeira regular de março, prevista para os dias 20 e 21, e que vai ser dedicada ao tema da competitividade da economia da União Europeia.

A Casa Branca disse publicamente que os desígnios do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de recuperar o território ocupado pela Rússia desde 24 de fevereiro de 2022 (e a península da Crimeia, anexada em 2014) e de aderir à Aliança Atlântica "são irrealistas".

Em simultâneo, Washington tem estado em contacto com o Kremlin para iniciar o esboço de um cessar-fogo e eventual acordo de paz, mas excluiu das conversas iniciais os países do continente europeu e a Ucrânia.

Face a um cenário geopolítico cada vez mais incerto e à degradação das convenções diplomáticas vigentes, a UE quer avançar com o reforço da defesa do continente, para evitar depender dos EUA.

Na última semana, Donald Trump e Volodymyr Zelensky trocaram acusações, com o Presidente dos EUA a acusar o homólogo ucraniano de ser "um ditador" sem legitimidade democrática, culpabilizando-o pela guerra.

Por seu turno, Volodymyr Zelensky disse que Donald Trump vive numa "bolha de desinformação".

Antes de tomar posse, Donald Trump disse que terminaria a guerra na Ucrânia em 24 horas e é conhecida a relação que tem com o homólogo russo, Vladimir Putin, destoando da postura que a administração do democrata Joe Biden tinha em relação ao Kremlin.

Hoje, o Presidente da Ucrânia admitiu, em conferência de imprensa, em Kiev, capital do país, que podia deixar o cargo em troca da adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte: "Se precisarem mesmo que eu deixe o meu posto, estou pronto."

[Notícia atualizada às 17h40]

 

Leia Também: Milhares em Paris exigem que Ucrânia participe nas negociações de paz

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