Confrontos armados no sul da Líbia provocam um morto e dois feridos
Um confronto armado em Sabha, sul da Líbia, opôs na última noite a polícia a um grupo ligado a Khalifa Haftar, o "homem forte" do leste do país, provocando um morto e dois feridos, indicou fonte hospitalar.
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Mundo Tripoli
"Com tanques e artilharia pesada, uma milícia sob o comando de Mabrouk Sahbane, das forças de al-Karama [nome da operação militar lançada em 2014 pelo marechal Haftar, que controla o leste e parte do sul do país], apreendeu 11 veículos todo-o-terreno destinados à polícia, sob ameaça de armas", confirmou, por seu lado, uma nota da Direção de Segurança de Sabha (DSS).
Segundo a DSS, o grupo, associado às forças de Haftar, "obrigou a caravana a procurar refúgio na base aérea de Brak", mais a sul.
Fotografias e vídeos transmitidos pela imprensa local mostram uma violenta troca de tiros no centro de Sabha na madrugada de hoje.
A DSS condenou os incidentes que, frisou, visam "desestabilizar Fezzan", província do sul da Líbia.
"Após os incidentes, chegaram ao hospital uma pessoa morta e duas outras feridas", lê-se numa curta nota publicada na rede social Facebook do Centro Médico de Sabha.
Segundo a imprensa local, que cita fontes administrativas, as escolas e os serviços públicos foram hoje, entretanto, encerrados.
No início de 2019, as forças do Exército Nacional da Líbia (ANL), criado unilateralmente por Haftar, conquistaram Sabha, capital do sul da Líbia localizada 650 quilómetros a sul de Trípoli, além de setores petrolíferos e militares na região.
De abril de 2019 a junho de 2020, Haftar tentou, em vão, conquistar militarmente Trípoli.
O fim dos combates, no verão de 2020, foi seguido em outubro do mesmo ano pela assinatura de um cessar-fogo que, desde então, tem sido de forma geral respeitado, apesar de alguns confrontos esporádicos entre grupos armados.
Desde a queda, em 2011, do regime de Muammar Kadhafi, a Líbia viveu uma década de conflitos, marcados por confrontos entre rivais do ocidente e do leste do país.
A incerteza tem pairado relativamente à realização das eleições presidenciais de 24 deste mês, e, por consequência, as legislativas previstas para um mês depois, temendo-se que o país caia novamente num caos político e militar.
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