O presidente da Assembleia Geral da ONU e representante das Maldivas junto da organização sublinhou hoje, em conferência de imprensa, em Nova Iorque, que está a preparar uma resolução sobre a vacinação, para ser adotada na Assembleia Geral da ONU, e para a qual espera o apoio dos 193 Estados-membros até janeiro, para coincidir com a reunião de alto nível do dia 13.
Abdulla Shahid defendeu que novos esforços são necessários para efetivar a estratégia de vacinação global lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro para vacinar 40% da população mundial até final deste ano e 70% em meados do próximo ano, para a qual eram necessários sete mil milhões de euros.
"Atingimos o objetivo? Não. Quando olhamos para países em África, há uma taxa média de vacinação de cinco a seis por cento. Não podemos dizer que alcançámos algo próximo da equidade", disse o presidente da Assembleia Geral.
"Sem podermos vacinar o mundo, a recuperação económica não virá, o regresso à normalidade social e educacional não vai acontecer", destacou o responsável, acrescentando também que não haverá "nenhum grau de certeza sobre o modo de vida" enquanto o número de variantes do vírus que causa a covid-19 continue a crescer.
O diplomata das Maldivas sublinhou, em conferência de imprensa, em Nova Iorque, que o principal objetivo da sua presidência continua a ser a distribuição equitativa de vacinas a nível global, um tópico que vai ser o principal foco da reunião de alto nível a 13 de janeiro na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para a propagação muito rápida, a um ritmo sem precedentes, da variante da Ómicron do coronavírus que causa a covid-19.
Segundo a OMS, a vacinação, por si só, não vai evitar a propagação da nova estirpe, pelo que há que manter as medidas sanitárias e sociais, como o uso de máscaras, o distanciamento físico, a higienização das mãos e a ventilação dos espaços fechados.
A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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