"Nunca vi nada parecido com os ataques implacáveis ao direito de voto", disse Biden, numa intervenção durante a cerimónia de graduação na Universidade da Carolina do Sul, em Orangeburg.
Biden foi convidado por Jim Clyburn, membro da Câmara dos Representantes pela Carolina do Sul e um dos políticos negros mais influentes dos Estados Unidos, cujo apoio ao Presidente, antes da eleição de 2020, foi decisivo.
A universidade onde Joe Biden fez o seu discurso faz parte de um grupo de instituições - "faculdades e universidades historicamente negras" - que foram criadas após a Guerra Civil nos EUA (1861-1865) para receber estudantes negros que haviam sido banidos dos estabelecimentos de ensino superior que praticavam a segregação.
Biden tem sido muito crítico sobre as alterações feitas em alguns estados mais conservadores, acusando-as de dificultarem o voto das minorias.
No discurso de hoje, Biden criticou "esta nova e perigosa combinação de restrição do voto e subversão das eleições".
A alusão refere-se ao facto de o ex-Presidente Donald Trump - que tem uma voz influente dentro do campo republicano -- continuar a dizer que foi o verdadeiro vencedor das últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
"Continuamos a enfrentar as forças mais sombrias desta nação, o ódio e o racismo", disse Joe Biden, garantindo que "a batalha ainda não terminou", numa alusão aos dois diplomas que protegem o acesso ao voto na esfera federal, que estão bloqueados no Congresso.
Biden aproveitou para recordar uma outra promessa de campanha feita aos eleitores afro-americanos, que alguns ativistas o acusam de ter perdido de vista: a reforma do sistema policial, que tem sido sucessivamente adiada.
"Compartilho a frustração", disse Joe Biden, prometendo que, nesta matéria, "a batalha também não acabou".
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