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Quénia obriga a prova de vacinação para acesso a espaços públicos

Os quenianos terão de apresentar provas de vacinação contra a covid-19 para utilizar os transportes públicos ou aceder a edifícios oficiais devido ao recente recorde de número de casos diários, anunciou hoje o Ministério da Saúde. 

Quénia obriga a prova de vacinação para acesso a espaços públicos
Notícias ao Minuto

17:06 - 22/12/21 por Lusa

Mundo Covid-19

A taxa de casos positivos atingiu hoje 29,7%, ultrapassando os registos anteriores no Quénia, onde aumentam os receios sobre o contágio da variante Ómicron.

A taxa era de 1% no início de dezembro.

Nas últimas 24 horas, 3.328 pessoas testaram positivo em 11.197 testes realizados, um indicador da progressão do vírus num país onde o acesso aos testes é limitado.

O país da África Oriental anunciou no mês passado que iria proibir pessoas não vacinadas em lugares públicos a partir de 21 de dezembro, mas uma providência cautelar bloqueou a sua aplicação enquanto se aguardava uma decisão judicial.

Todavia, hoje a funcionária do Ministério da Saúde Mercy Mwangangi disse que as medidas já estavam a ser implementadas, apesar da decisão do tribunal.

"Em áreas públicas, todas as pessoas devem apresentar provas de vacinação para entrar, por exemplo, em parques naturais, reservas de caça, hotéis, bares, bem como transportes públicos", declarou, numa conferência de imprensa.

Mwangangi acrescentou que o não cumprimento da regra teria como consequência uma punição. 

Algumas associações de direitos humanos como a organização não-governamental a Human Rights Watch (HRW) criticaram as medidas como sendo discriminatórias e apelaram ao Governo para as abandonar.

Mwangangi disse também que os viajantes da Europa devem fornecer provas de vacinação completa.

Os dados clínicos das últimas semanas sugerem que a Ómicron não é mais perigosa do que as variantes anteriores, mas os cientistas alertam para o facto de ser muito mais contagiosa.

O Quénia registou mais de 270.000 casos do coronavírus desde o início da pandemia, sendo que o número de hospitalizações e mortes diminuíram nas últimas semanas.

Apenas um mês após a sua identificação na África do Sul, a Ómicron já foi detetada em quase 80 países.

Os casos de covid-19 estão a aumentar em vários países da região, incluindo o Ruanda, que em dezembro impôs quarentenas a viajantes internacionais e proibiu a utilização de transportes públicos em Kigali, a capital, por três semanas a pessoas não vacinadas.

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