"Estamos felizes que a nossa vacina local tenha passado para a produção em série. Assim, agora também oferecemos aos nossos cidadãos a vacina Turkovac, após a Sinovac (chinesa), e a BioNTech-Pfizer (germano-norte-americana)", disse o chefe de Estado do país euro-asiático, numa cerimónia transmitida em direto pela televisão pública TRT.
"A partir de hoje, somos um dos nove países que produz uma vacina contra a covid-19", disse pouco depois o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, citado pela agência Anadulou, informando ainda que a utilização "de forma ampla" do novo fármaco irá começar a partir da próxima semana.
Os primeiros ensaios da vacina, desenvolvida na universidade de Erciyes, na cidade de Kayseri (Anatólia), iniciaram-se em novembro de 2020, com a terceira fase a ser desencadeada em junho passado e sem serem observados efeitos adversos entre os voluntários.
A aprovação surge com algum atraso, após o Governo turco ter inicialmente previsto o seu uso generalizado para este outono.
A nova vacina baseia-se em material de vírus inativo, igual à chinesa Sinovac, a mais utilizada na Turquia.
Cerca de 60% dos 83 milhões de habitantes da Turquia já foram vacinados com duas doses de uma vacina contra o coronavírus, uma percentagem de 82% entre a população adulta (maiores de 18 anos), indicam os dados do Ministério da Saúde.
A situação epidemiológica do país manteve-se estável nas últimas semanas, com 170 a 220 mortes diárias por covid-19, e as autoridades não preveem novas restrições apesar de há dez dias ter sido detetada a presença da nova variante Ómicron.
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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