A África do Sul "ultrapassou o pico da onda Ómicron, impulsionada pelo declínio significativo na populosa província e epicentro: Gauteng", disse Ridhwaan Suliman, investigador sénior do Conselho Sul-Africano para Pesquisa Científica e Industrial (CSIR), à CNN, na quarta-feira.
Uma das principais especialistas da África do Sul, Michelle Groome, do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), confirmou este mesmo dado numa conferência de imprensa esta quarta-feira.
De acordo com o relatório da NICD, publicado ontem, houve um declínio de 20,8% no número de novos casos de Covid-19 detetados na África do Sul em 18 de dezembro.
Angelique Coetzee, presidente nacional da Associação Médica da África do Sul e um dos primeiros médicos a tratar pacientes com Ómicron, disse ao programa New Day da CNN, na segunda-feira, que a África do Sul estava a passar a curva, destacando que os números da província de Gauteng estavam "a diminuir."
Recorde-se que os cientistas sul-africanos foram os primeiros a identificar a variante Ómicron em novembro e a lançar o alerta ao resto do mundo. Atualmente são muitos os países que estão a endurecer as medidas restritivas porque se veem a braços com o aumento exponencial de casos provocado pela nova variante.
Portugal não é exceção, apesar de já termos sido o país mais vacinado do mundo. Esta terça-feira, António Costa anunciou um pacote de medidas para travar o aumento de casos - que ontem chegou perto dos 9 mil - onde se inclui a antecipação da semana de contenção já a partir de dia 25 de dezembro.
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