O texto promulgado visa banir produtos fabricados em toda ou em parte de Xinjiang, a menos que as empresas possam provar aos funcionários alfandegários que os produtos não foram fabricados com trabalho forçado.
É a primeira vez que um país adota uma medida destas.
A Casa Branca precisou que simultaneamente, o texto assinado "impõe sanções sobre indivíduos estrangeiros responsáveis por trabalho forçado na região".
Esta lei dá ao Governo "novas ferramentas para impedir a entrada no território de produtos fabricados com trabalho forçado em Xinjiang e responsabilizar as pessoas e entidades que praticam este abuso", declarou hoje o secretário de Estado Antony Blinken, em comunicado, apelando ao Governo chinês para acabar com "o genocídio e os crimes contra a humanidade".
A adoção do texto, votado por unanimidade pelo Senado em 16 de dezembro, é uma vitória para os partidários de uma política agressiva destinada a lutar contra a violação dos direitos humanos.
Este voto aconteceu apesar da campanha de lobbying das empresas que argumentam que esta legislação perturbará as cadeias de armazenamento mundiais, já sob pressão devido à pandemia.
Ao assinar o texto, especifica a Casa Branca, o Presidente Biden agradeceu ao senador republicano da Florida Marco Rubio, um dos autores do projeto de lei.
Esta medida é "a mais importante e eficaz tomada até agora para tornar o Partido Comunista chinês responsável pelo seu recurso ao trabalho forçado", reagiu hoje, em comunicado.
Pequim é acusado pelos países ocidentais de encerrar massivamente os uigures, uma comunidade de maioria muçulmana do oeste da China, em vastos campos de trabalho.
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