Joe Biden assina lei contra importação de produtos fabricados por uigures

O Presidente Joe Biden assinou quinta-feira uma lei de interdição de importação nos EUA de um largo inventário de produtos fabricados na província chinesa de Xinjiang, no âmbito da luta contra o trabalho forçado da minoria uigure.

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Lusa
24/12/2021 06:58 ‧ 24/12/2021 por Lusa

Mundo

EUA

O texto promulgado visa banir produtos fabricados em toda ou em parte de Xinjiang, a menos que as empresas possam provar aos funcionários alfandegários que os produtos não foram fabricados com trabalho forçado.

É a primeira vez que um país adota uma medida destas.

A Casa Branca precisou que simultaneamente, o texto assinado "impõe sanções sobre indivíduos estrangeiros responsáveis por trabalho forçado na região".

Esta lei dá ao Governo "novas ferramentas para impedir a entrada no território de produtos fabricados com trabalho forçado em Xinjiang e responsabilizar as pessoas e entidades que praticam este abuso", declarou hoje o secretário de Estado Antony Blinken, em comunicado, apelando ao Governo chinês para acabar com "o genocídio e os crimes contra a humanidade".

A adoção do texto, votado por unanimidade pelo Senado em 16 de dezembro, é uma vitória para os partidários de uma política agressiva destinada a lutar contra a violação dos direitos humanos.

Este voto aconteceu apesar da campanha de lobbying das empresas que argumentam que esta legislação perturbará as cadeias de armazenamento mundiais, já sob pressão devido à pandemia.

Ao assinar o texto, especifica a Casa Branca, o Presidente Biden agradeceu ao senador republicano da Florida Marco Rubio, um dos autores do projeto de lei.

Esta medida é "a mais importante e eficaz tomada até agora para tornar o Partido Comunista chinês responsável pelo seu recurso ao trabalho forçado", reagiu hoje, em comunicado.

Pequim é acusado pelos países ocidentais de encerrar massivamente os uigures, uma comunidade de maioria muçulmana do oeste da China, em vastos campos de trabalho.

Leia Também: EUA. Biden recandidata-se à presidência em 2024 se estiver "bem de saúde"

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