Covid-19. EUA diminuem para 5 dias isolamento de infetados
As autoridades de Saúde dos Estados Unidos recomendaram hoje a diminuição, de dez para cinco dias, do período de isolamento para infetados com covid-19 e para contactos de risco a quem seja imposta quarentena.
© Lusa
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Segundo fonte dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês), esta orientação está em sintonia com indicações crescentes de que as pessoas infetadas com covid-19 são mais contagiosas dois dias antes e três dias depois de desenvolverem sintomas.
Esta decisão tem também como motivo o aumento exponencial de casos de covid-19 devido à nova variante Ómicron, notícia a agência AP.
As primeiras investigações sugerem que a Ómicron pode causar sintomas mais leves comparada com outras variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
No entanto, o aumento de casos e, desta forma, do número de pessoas em isolamento por casos confirmados ou suspeitos, ameaça afetar a capacidade hospitalar, das companhias aéreas ou de outras empresas que continuam a funcionar, alertaram vários especialistas.
A diretora dos CDC, Rochelle Walensky, referiu que os Estados Unidos estão prestes a registar números elevados de casos da nova variante.
"Nem todos estes casos serão graves. Na verdade, muitos serão assintomáticos. Queremos ter a certeza de que existe um mecanismo pelo qual possamos continuar com segurança a manter a sociedade em funcionamento enquanto acompanhamos a ciência", sublinhou em declarações à AP.
Na semana passada, os CDC reduziram as regras que previam que os profissionais de saúde ficassem fora de serviço durante dez dias em caso de teste positivo.
As novas recomendações preveem que os trabalhadores voltem ao serviço após sete dias, caso testem negativo e não apresentem sintomas.
As autoridades de Saúde norte-americanas acrescentaram ainda que o isolamento ou quarentena pode ser reduzido para cinco dias, ou até menos, caso haja falta de trabalhadores.
Segundo as orientações divulgadas hoje, o isolamento ou quarentena para os restantes cidadãos pode ainda ser menos rigoroso, apesar de esta ser apenas uma recomendação aos empregadores ou autoridades estatais ou locais.
Já na semana passada, o Estado de Nova Iorque tinha revelado que ia estender a orientação do CDC para profissionais de saúde e incluir trabalhadores com outras funções críticas onde é sentida a falta de pessoal.
É possível que outros Estados norte-americanos procurem encurtar as suas políticas de isolamento ou quarentena e os CDC estão a tentar antecipar as mudanças.
"Seria útil ter uma orientação uniforme dos CDC, para que todos se pudessem basear, ao invés de uma confusão de políticas", salientou Rochelle Walensky.
O principal conselheiro da Casa Branca na luta contra a pandemia, Anthony Fauci, defendeu hoje que o país deve considerar a vacinação obrigatória para viajantes de voos domésticos.
O maior especialista em doenças infecciosas nos Estados Unidos considerou que esta imposição pode aumentar a taxa de vacinação e a proteção nos voos, nos quais é exigido que todos os viajantes com mais de dois anos utilizem máscara.
"Quando se torna a vacinação obrigatória, dá-se um incentivo para que se vacinem mais pessoas", sustentou Anthony Fauci.
O executivo liderado pelo Presidente dos EUA Joe Biden tem recusado até agora impor uma exigência de vacinação em voos domésticos e duas autoridades de saúde revelaram que os consultores científicos da Casa Branca ainda não fizeram essa recomendação formal.
As mesmas fontes indicaram que uma deliberação como esta pode desencadear uma série de preocupações logísticas e jurídicas.
Os Estados Unidos exigem atualmente que a maioria dos viajantes estrangeiros tenham o esquema vacinal completo para entrarem no país, embora norte-americanos ou residentes apenas precisem de apresentar um teste negativo.
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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