Covid-19: Número de casos e de testes positivos a baixar na África do Sul

O número de casos de infeções de covid-19, impulsionados pela Ómicron, na África do Sul, o primeiro país a emitir um alerta sobre a nova variante do vírus, continuam a cair rapidamente, tal como a taxa de testes positivos, segundo fontes sanitárias.

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Lusa
29/12/2021 13:38 ‧ 29/12/2021 por Lusa

Mundo

Pandemia

De acordo com os últimos dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (INDC), o número total de novas infeções caiu abaixo de 10.000 por dia esta semana e o de testes de diagnóstico positivos caiu abaixo dos 25%.

Especificamente na terça-feira (a última contagem disponível neste momento), a África do Sul registou um total de 7.216 novas infeções e a taxa de testes positivos - um indicador que os peritos consideram mais indicativo do que os casos contabilizados - foi de 23,6%.

Estes números estão já muito longe dos máximos históricos verificados em meados do mês - a África do Sul aproximou-se dos 27.000 por dia para uma população de cerca de 58 milhões - com cerca de 1 em cada 3 testes confirmados de infeção por covid-19.

"A média semanal (da positividade) é de 26,8% hoje, o que é inferior ao de ontem [terça-feira] (27,4%)", disse o INDC num comunicado emitido ao final do dia de terça-feira, confirmando a tendência descendente dos indicadores pandémicos.

Os números sugerem que a África do Sul pode já ter deixado para trás o pico de uma quarta vaga, que, inicialmente, disparou, mas que agora está a decrescer a um ritmo semelhante.

O investigador Ridhwaan Suliman, matemático do Conselho para a Investigação Científica e Industrial da África do Sul, disse no final do dia de terça-feira, na rede social Twitter que o pico da onda nacional, impulsionada pela variante Ómicron, teve mais 17% de infeções do que a da variante Delta, que o país teve em meados deste ano.

As hospitalizações, contudo, permanecem atualmente em 60% do total verificado com a Delta e as mortes estão em apenas 16%, de acordo com as estimativas de Suliman.

Os especialistas do INDC já tinham expressado otimismo, defendendo que esta nova vaga iria diminuir na semana passada, embora tenham advertido que as férias de Natal poderiam significar que menos pessoas estariam a fazer testes de diagnóstico.

A África do Sul, com 3,4 milhões de casos até à data e quase 91.000 mortes, continua a ser o principal epicentro da pandemia em África.

O progresso na vacinação é lento e apenas 27% da população total está totalmente vacinada.

A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

Leia Também: Israel pondera apostar em contágio em massa já que Ómicron é menos grave

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