O negociador russo, Mikhail Ulianov, assinalou em declarações à imprensa que um acordo "poderá ser alcançado na primeira quinzena de fevereiro, se fatores inesperados não interferirem e estragarem tudo", segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
As discussões em Viena para salvar o acordo nuclear de 2015 foram relançadas no final de novembro, após cinco meses de interrupção, e contam com a participação de Teerão e dos cinco países ainda signatários do pacto (Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China).
A Administração Estados Unidos, que sob a anterior liderança de Donald Trump abandonou unilateralmente o pacto em 2018 e restabeleceu sanções a Teerão, participa agora nas discussões indiretamente.
"O problema é que lidamos com questões muito complicadas. Leva tempo, estamos a analisar temas como o levantamento das sanções (norte-americanas ao Irão) e questões nucleares. Não é fácil trabalhar", adiantou o embaixador russo junto da ONU em Viena, sem dar mais pormenores.
As primeiras seis rondas destas negociações decorreram entre abril e junho passados, tendo sido interrompidas as conversações após a vitória e a chegada ao poder de um novo Presidente iraniano, o ultraconservador Ebrahim Raissi.
O objetivo é que os Estados Unidos voltem ao pacto e que a República Islâmica volte a cumprir as obrigações estabelecidas no acordo e que deixou de respeitar gradualmente desde 2019.
O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês), como é conhecido o acordo nuclear de 2015 entre o Irão e as grandes potências, previa o levantamento de sanções internacionais à República Islâmica, em troca de limitações significativas do seu programa nuclear.
Leia Também: Alemanha desliga 3 centrais nucleares na 6.ªfeira e três no final de 2022