Ucrânia. Borrell contacta com chefe da NATO antes de viajar para Kiev

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, mantiveram hoje contacto telefónico sobre as tensões com a Rússia, pouco antes do início da viagem à Ucrânia do Alto representante europeu.

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Lusa
04/01/2022 18:53 ‧ 04/01/2022 por Lusa

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Os dois responsáveis abordaram a escalada militar da Rússia na sua fronteira com a Ucrânia, e ainda a proposta feita por Moscovo aos Estados Unidos e NATO para a celebração de um novo acordo sobre segurança na Europa, e sobre o qual Borrell exigiu que sejam considerados os interesses europeus.

Borrell e Stoltenberg concordaram prosseguir em "estreito contacto" sobre os dois temas, num encontro onde também foi abordada a reunião do Conselho NATO-Rússia convocada para 12 de janeiro, segundo referiu em comunicado uma porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa.

O Alto Representante para a Política Externa da União Europeia inicia hoje uma viagem à Ucrânia, que se prolonga até quinta-feira, na qual tem previsto um encontro com o chefe da diplomacia de Kiev, Dmytro Kubela, que o acompanhará numa visita ao leste do país, palco do conflito com os separatistas pró-russos iniciado em 2014.

Posteriormente, viajará para Kiev, onde manterá contactos com diversos responsáveis ucranianos.

Em paralelo, a NATO anunciou hoje uma reunião virtual dos ministros dos Negócios Estrangeiros, a ter lugar sexta-feira, que segundo responsáveis da organização citados pela agência noticiosa Efe "se inclui na contínua coordenação entre os aliados da NATO em termos de segurança na Europa", e constitui "uma oportunidade para abordar a próxima sequência de compromissos com a Rússia".

A associação dos Estados Unidos à moratória unilateral russa sobre a instalação de mísseis de curto e médio alcance na Europa é um dos principais objetivos de Moscovo, para além da concretização de mecanismos de verificação.

A Rússia também pediu à NATO que a Ucrânia e Geórgia, países situados junto às suas fronteiras, não sejam integrados na organização militar aliada.

Moscovo exige ainda à Aliança uma substancial redução das suas manobras militares junto às fronteiras com a Rússia, e que seja acordada uma distância mínima entre navios e aviões militares das duas partes, para além do reinício do diálogo entre os ministérios da Defesa da Rússia, EUA e a NATO.

Neste contexto, os Presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, mantiveram na passada quinta-feira o seu segundo contacto telefónico em menos de um mês, onde transpareceram as divergências entre ambos sobre a situação na fronteira russo-ucraniana.

Segundo a versão emitida pela Casa Branca, Biden exortou Putin a diminuir a tensão e reiterou a advertência de que os aliados da NATO responderão "de forma decisiva" a uma eventual invasão da Ucrânia.

A Casa Branca também revelou que os dois líderes reconheceram a "existência de áreas onde se podem obter progressos significativos", apesar da existência de outros campos onde os acordos "podem ser impossíveis".

Segundo as informações provenientes de Moscovo, Putin advertiu Biden que um eventual novo pacote de sanções contra a Rússia devido ao conflito na Ucrânia poderá implicar a "rutura total" das relações.

Responsáveis dos dois países voltam a promover na próxima segunda-feira uma reunião agendada para Genebra, na Suíça.

Leia Também: Ucrânia: Convocada reunião na NATO para discutir crise com Rússia

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