Johnson confiante na "superação" da vaga de Ómicron sem confinamento

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mostrou-se hoje confiante de que o Reino Unido pode "superar a onda de Ómicron" sem a necessidade de um confinamento, reiterando a intenção de não impor medidas de contenção adicionais.

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Lusa
04/01/2022 18:58 ‧ 04/01/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

Numa conferência de imprensa na residência oficial, em Downing Street, o chefe do Executivo disse hoje que, apesar do alto número de casos registados no Reino Unido, há uma "hipótese de superar esta vaga de Ómicron sem fechar este país novamente". 

No entanto, admitiu, que as próximas semanas "vão ser difíceis" e que "alguns serviços serão afetados".

Nesse sentido, disse que o Governo identificou 100.000 trabalhadores de serviços essenciais que vão receber a partir da próxima semana testes de antigénio diários para ajudar a manter abertos os serviços, nomeadamente em áreas como a saúde, processamento alimentar, transporte e controlo de fronteiras.

Hoje foi noticiado que o Governo avisou internamente os serviços públicos para se prepararem para ausências de funcionários que podem ir até 25%, devido ao elevado número de pessoas em isolamento. 

O Governo acionou no início de dezembro o chamado "Plano B" de restrições em Inglaterra, que incluem o teletrabalho, uso obrigatório de máscaras em espaços públicos fechados e passe sanitário para aceder a grande eventos e discotecas. 

Porém, enfrentou uma revolta de 100 deputados do próprio Partido e, segundo a imprensa, a resistência de vários ministros para introduzir mais medidas de contenção, pedidas por cientistas e profissionais de saúde devido à pressão existente sobre os hospitais. 

"A nossa posição atualmente difere das ondas anteriores em dois aspetos cruciais. Primeiro, agora sabemos que a Ómicron é mais fraca do que as variantes anteriores. Portanto, embora as hospitalizações estejam a aumentar rapidamente (...) felizmente, isso ainda não se está a traduzir nos mesmos números [de pessoas] que precisam dos cuidados intensivos que vimos nas ondas anteriores", explicou.

Em segundo lugar, acrescentou, a vacinação de reforço avançou rapidamente nas últimas semanas, tendo sido administrada a 90% das pessoas maiores de 70 anos e 86% das maiores de 50 anos, consideradas as mais vulneráveis à doença.

Atualmente, 59,8% da população britânica com mais de 12 anos já recebeu a vacinação de reforço, considerada importante para a melhorar a imunidade contra a variante Ómicron.

O Reino Unido registou hoje mais 218.724 casos de infeção com covid-19, um novo recorde diário, pela primeira vez acima dos 200.000, e 48 mortes, de acordo com os dados oficiais. 

Este valor inclui um período de quatro dias para a Irlanda do Norte e de dois dias para o País de Gales devido ao atraso no processamento durante o Ano Novo, cujo feriado foi celebrado na segunda-feira.

Nos últimos sete dias, entre 29 de dezembro e 04 de janeiro, a média diária foi de 181.411 casos e de 130 mortes, o que corresponde a uma subida de 50,9% no número de infeções e de 51,8% no número de mortes, relativamente aos sete dias anteriores.

Os internamentos de pessoas infetadas também têm estado a subir, mas os últimos dados são referentes a 31 de dezembro, quando estavam internadas 14.126 pessoas, 66% mais do que sete dias antes. 

Desde o início da pandemia foram registadas 148.941 mortes de covid-19, embora este número sobe para 172.657 se foram contabilizadas todas as mortes que referem covid-19 na certidão de óbito mas cuja infeção não foi confirmada. 

A covid-19 provocou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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