"Os presidentes trocaram os seus pontos de vista quanto a medidas tomadas para restaurar a ordem no Cazaquistão", refere o comunicado, acrescentando que ambos combinaram manter-se em contacto "permanente".
Moscovo denunciou também comentários "grosseiros" do secretário de Estado americano Antony Blinken, que na sexta-feira previu que seria "muito difícil" para o Cazaquistão conseguir a retirada das tropas russas, uma vez que foi dado sinal verde para uma intervenção no território.
"O secretário de Estado dos EUA tentou brincar com a tragédia que se vive no Cazaquistão", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia num comunicado divulgado na rede social Facebook.
"Foi uma reação grosseira e não é a primeira", acrescentou o ministério, segundo o qual Blinken "ridicularizou uma reação inteiramente legítima" dentro do quadro dos acordos de segurança entre o Cazaquistão e a Rússia.
O Cazaquistão, o maior país da Ásia Central, é abalado por um protesto que começou nas províncias no domingo, após um aumento nos preços do gás, antes de se espalhar para as grandes cidades, incluindo Almaty, a capital económica, onde as manifestações degeneraram em motins contra o regime vigente, provocando dezenas de mortos.
Um contingente de tropas russas e de outros países aliados de Moscovo chegou na quinta-feira ao Cazaquistão para apoiar o poder vigente a proteger os locais estratégicos e apoiar as forças da ordem.
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