"Não aceitaremos nenhuma concessão. Isso está completamente excluído", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Riabkov, citado por agências de notícias russas.
"Estamos dececionados com os sinais que vêm de Washington nos últimos dias, mas também de Bruxelas", referiu o governante, que deve participar nas negociações.
Delegações dos Estados Unidos e da Rússia iniciam hoje em Genebra dois dias de reuniões para debater as questões da Ucrânia e do controlo do armamento nuclear.
As negociações bilaterais decorrem no âmbito do diálogo estratégico de segurança lançado pelos presidentes norte-americano, Joe Biden, e russo, Vladimir Putin, na cimeira de Genebra, em junho.
Embora o diálogo se destine principalmente à renegociação dos tratados de controlo do armamento nuclear do pós-Guerra Fria, as negociações também incluem a situação na fronteira russo-ucraniana, onde Moscovo diz ter realizado manobras com dezenas de milhares de soldados.
As delegações dos dois países são lideradas, respetivamente, pela secretária de Estado Adjunta dos EUA, Wendy Sherman, e pelo homólogo russo, Sergei Riabkov.
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia vai continuar a marcar a agenda dos próximos dias: na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reúne-se com o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, antes de uma reunião da Comissão Ucrânia-Aliança Atlântica e para terça-feira está prevista uma reunião Rússia-NATO.
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