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Líder republicano da câmara baixa recusa cooperar com inquérito

O líder da minoria republicana da Câmara dos Representantes norte-americana, Kevin McCarthy, importante aliado do ex-presidente Donald Trump, recusou hoje testemunhar e entregar registos da invasão do Capitólio, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.

Líder republicano da câmara baixa recusa cooperar com inquérito
Notícias ao Minuto

22:54 - 13/01/22 por Lusa

Mundo Capitólio

McCarthy emitiu um comunicado a recusar-se e cooperar com a comissão da Câmara que investiga a insurreição no Capitólio dos Estados Unidos, dizendo que o inquérito não é legítimo e acusando o painel de "abuso de poder".

"Não há nada que eu possa acrescentar a esta comissão daqui para a frente. Só querem atacar com base numa esfera política, quando há vários membros nessa comissão a dizer que o seu objetivo é negar a hipótese de eu ser líder [da Câmara dos Representantes]. Isto é política", disse hoje o republicano no canal de televisão Fox News.

Ainda não é claro se o painel conseguirá obter os testemunhos de McCarthy ou de quaisquer outros aliados de Donald Trump no Congresso.

A comissão considerou intimar congressistas pró-Trump, o que seria um movimento extraordinário e poderia enfrentar desafios legais e políticos.

A comissão da Câmara dos Representantes norte-americana que investiga a invasão do Capitólio solicitou o depoimento e a entrega de documentos de Kevin McCarthy.

O congressista democrata Bennie Thompson, presidente do painel que investiga o ataque ocorrido em 06 de janeiro de 2021, que causou cinco mortos, divulgou hoje que pediu o testemunho e divulgação das comunicações de McCarthy com o ex-chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, nos dias anteriores ao ataque.

"Temos também de perceber como os planos do [antigo] presidente para 06 de janeiro se encaixaram e todas as outras formas pelas quais ele tentou alterar o resultado eleitoral", referiu Bennie Thompson.

"Por exemplo, antes de 06 de janeiro, teria sido explicado a Mark Meadows e ao ex-presidente que as objeções à certificação dos votos 'estavam condenadas ao fracasso'", acrescentou.

A comissão de investigação procura perceber qual era o estado de espírito de Trump "antes, durante e depois" do ataque, obtendo informações junto de um aliado.

O líder da minoria republicana na Câmara de Representantes (câmara baixa do Congresso) seria também questionado sobre as conversas com o ex-presidente e funcionários da Casa Branca na semana seguinte à invasão ao Capitólio, incluindo uma conversa mais acalorada que terá tido com Trump.

Esta intimação é a mais recente numa ampla rede de testemunhas que o comité de inquérito da Câmara dos Representantes criou, num esforço para investigar o tumulto onde apoiantes do ex-presidente Trump, alimentados com falsas alegações de fraude eleitoral, agrediram forças policiais e invadiram o Capitólio numa tentativa de interromper a certificação da vitória do democrata Joe Biden.

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