O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou o ciberataque desta manhã aos sites governamentais da Ucrânia e, apesar de não culpabilizar diretamente a Rússia, deixou no ar as suas suspeitas.
Durante uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, na cidade de Brest (França), Borrell comentou que “é difícil dizer” quem foi responsável.
“Não posso culpar ninguém, já que não tenho provas, mas podemos imaginar”, disse.
O diplomata disse ainda que a União Europeia - que já avisou que condenará qualquer iniciativa russa no país do Leste europeu - irá “mobilizar-se com todos os nossos recursos para ajudar a Ucrânia a combater este ciberataque”.
O ataque teve como principais alvos o ministério dos negócios estrangeiros ucraniano, o conselho de ministros e entidades de segurança e defesa. O alvoroço em torno do ciberataque torna-se ainda maior numa altura em que a Rússia ameaça uma invasão no país do Cáucaso, retaliando contra uma possível adesão da Ucrânia à NATO.
A entrada da Ucrânia na NATO colocaria os Estados Unidos às portas da Rússia, uma aproximação que tem deixado o líder russo Vladimir Putin irrequieto.
Além de Borrell, também a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Lind, disse que o Ocidente tem de ser “muito firme” com a Rússia. “Se houver ataques contra a Ucrânia, seremos muito duros e daremos uma resposta muito forte e robusta”, vincou.
Já a homóloga alemã, Annalena Baerbock, anunciou que irá a Moscovo para falar sobre a situação.
Segundo a Casa Branca, a Rússia tem cerca de 100 mil tropas na fronteira ucraniana, preparadas para uma possível invasão no país.
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