"Queremos o diálogo, queremos que os conflitos sejam resolvidos nos organismos que foram formados para esse fim. Mas se a situação se deteriorar, se houver mais ataques à integridade territorial da Ucrânia, responderemos com sanções económicas e financeiras maciças. Esperamos que um ataque não aconteça, mas se acontecer, estamos preparados", declarou Ursula von der Leyen.
A presidente do executivo comunitário, que intervinha por videoconferência no Fórum Económico Mundial, sublinhou que "a UE é, de longe, o maior parceiro comercial da Rússia e, também de longe, o maior investidor", para ilustrar o peso que eventuais sanções podem representar.
"E sim, esta relação comercial é importante para nós, mas é muito mais importante para a Rússia", disse.
Na sua intervenção, Von der Leyen rejeitou ainda as "tentativas russas de dividir a Europa em esferas de influência", garantindo que a União está unida na "solidariedade com a Ucrânia e parceiros europeus ameaçados pela Rússia".
Os Estados-membros da UE encarregaram a Comissão Europeia de preparar as diversas sanções económicas e financeiras contra a Rússia, e as opções sobre a mesa deverão ser discutidas pelos chefes de diplomacia dos 27 no Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da União que decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
Também porque a UE quer agir em estreita coordenação com os Estados Unidos e outros aliados membros da NATO, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell -- que preside às reuniões de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 -, convidou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a participar, por videoconferência, na reunião de 23 de janeiro.
"Quero muito prosseguir com os nossos contactos e os esforços diplomáticos internacionais em curso e a contínua e estreita coordenação transatlântica. A União Europeia e os Estados Unidos permanecem unidos para enfrentar os desafios à segurança na Europa", indicou Josep Borrell na quarta-feira na sua conta na rede social Twitter.
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