"O objetivo dos serviços de informações do país agressor é evidente: reforçar a pressão sobre a Ucrânia, semear a ansiedade e o pânico na sociedade", asseguraram em comunicado os serviços de segurança ucranianos (SBU).
Segundo esta fonte, desde o início de janeiro foram registados mais de 300 alertas de bomba, todos falsos, contra 1.100 registados durante 2021.
O SBU indicou que esta operação se insere numa estratégia de "guerra híbrida moderna" contra a Ucrânia.
A quase totalidade destes alertas foram enviados por correio eletrónico e são provenientes dos territórios controlados pelos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia ou a partir da Rússia, indicou por seu turno em comunicado a polícia nacional.
Os alertas visam em particular escolas -- designadamente a totalidade dos estabelecimentos de Kiev no dia de hoje --, mas ainda estações de metro, centros comerciais, aeroportos e inclusive a presidência.
Neste contexto, diversas cidades ucranianas optaram por estabelecer o ensino escolar à distância.
Estes incidentes surgem num contexto de tensões com Moscovo, com a Rússia a ser acusada de ter concentrado dezenas de milhares de soldados em regiões próximas da fronteira para um eventual ataque, que o Kremlin desmente.
O chefe da diplomacia ucraniana Dmytro Kubela acusou esta semana a Rússia de procurar desestabilizar a Ucrânia a partir do interior.
"A Rússia não nos ameaça apenas com as suas armas, mas em paralelo faz aumentar o pânico e tenta perturbar a sociedade e a economia ucranianas", indicou na quinta-feira, apelando à calma da população.
Nos últimos anos, a Rússia também tem sido vítima de diversas vagas massivas de falsos alertas de bomba.
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