"Acabei de falar com o Presidente [da Ucrânia] Zelensky. A UE está firmemente ao lado da Ucrânia", assegurou a líder do executivo comunitário, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O diálogo entre Ursula von der Leyen e o chefe de Estado ucraniano, Volodomir Zelensky, incidiu sobre "a atual situação de segurança".
"A UE está pronta para fornecer mais assistência financeira à Ucrânia e a fortalecer a nossa parceria energética", destacou.
Esta conversação ocorreu um dia depois da presidente da Comissão Europeia ter lembrado à Rússia a sua dependência das relações económicas e comerciais com a UE.
Ursula von der Leyen insistiu também que o organismo responderá com sanções "maciças" caso os russos invadam a Ucrânia.
"A UE é, de longe, o maior parceiro comercial da Rússia e, também de longe, o maior investidor", atirou, para ilustrar o peso que eventuais sanções podem representar.
Na sua intervenção, Von der Leyen rejeitou ainda as "tentativas russas de dividir a Europa em esferas de influência", garantindo que a União está unida na "solidariedade com a Ucrânia e parceiros europeus ameaçados pela Rússia".
Os Estados-membros da UE encarregaram a Comissão Europeia de preparar as diversas sanções económicas e financeiras contra a Rússia, e as opções sobre a mesa deverão ser discutidas pelos chefes de diplomacia dos 27 no Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da União que decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
Também porque a UE quer agir em estreita coordenação com os Estados Unidos e outros aliados membros da NATO, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell -- que preside às reuniões de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 -, convidou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a participar, por videoconferência, na reunião de 23 de janeiro.
A NATO rejeitou hoje o pedido da Rússia para a retirada de tropas estrangeiras da Aliança presentes na Bulgária e na Roménia e denunciou a ideia de esferas de influência na Europa.
A Rússia garante que não tem intenção de intervir militarmente na Ucrânia, apesar de ter enviado militares e armas.
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