De acordo com a polícia, Lourdes Maldonado foi baleada quando chegava a casa.
A jornalista integrava o Programa de Proteção de Jornalistas da Baja California, mas a vigilância que lhe foi prestada não era permanente.
A repórter aderiu ao programa por medo de um problema legal que tinha com o antigo governador Jaime Bonilla, do Movimento de Regeneração Nacional.
Em março de 2019, Maldonado assistiu mesmo à conferência diária do Presidente Andrés Manuel López Obrador na Cidade do México, onde denunciou que a sua vida estava em perigo durante o conflito com Bonilla, então senador de licença.
"Também venho aqui para pedir apoio, ajuda e justiça laboral, porque até temo pela minha vida, porque se trata de um processo judicial que tenho com ele há seis anos", disse ao Presidente.
Na quinta-feira, Maldonado tornara pública a sua vitória no processo laboral instaurado contra a empresa Primer Sistema de Noticias, propriedade da ex-governador.
Esta é a segunda jornalista a ser assassinada em Tijuana em 2022, depois do fotojornalista Margarito Martínez, abatido a tiro a 17 de janeiro quando entrava no carro, junto a casa.
A 10 de janeiro, o jornalista José Luis Gamboa Arenas, diretor dos media digitais Inforegio, que trabalhava nas áreas da segurança e política, foi assassinado em Veracruz, um estado no leste do México.
Segundo os Repórteres sem Fronteiras (RSF), pelo menos sete jornalistas foram mortos no México em 2021, tornando-o no país "mais mortífero do mundo para a imprensa".
O México ocupa o 143.º lugar entre 180 países no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2021 da RSF.
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