"Tive uma reunião, muito, muito, muito boa. [Há] unanimidade total com todos os líderes europeus", o chefe de Estado norte-americano em conferência de imprensa.
O Presidente dos Estados Unidos descreveu assim o encontro que durou pouco menos do que uma hora e meia, sem dar mais pormenores.
Joe Biden esteve em contacto com a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, e secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, entre outros, para coordenar a resposta à crise na Ucrânia.
Também participaram na videochamada o Presidente da França, Emmanuel Macron, o Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, o Presidente da Polónia, Andrzej Duda e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, segundo a Casa Branca.
Num tuíte, Joe Biden disse que os líderes discutiram "esforços conjuntos para impedir mais agressões por parte da Rússia, como a preparação para impor elevados custos económicos à Rússia e reforçar a segurança no flanco leste" da NATO.
A conversa decorreu depois de o Pentágono ter anunciado que colocou 8.500 militares em alerta "elevado", face ao aumento das tensões entre Moscovo e Kiev, embora ainda não tenha sito tomada uma decisão sobre o envio de ajuda militar para a Europa Oriental.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, enfatizou que a maior parte das tropas dos Estados Unidos seria enviada para países do leste europeu como parte da força de reação da NATO (NRF), sendo apenas ativadas se a Aliança Atlântica solicitar.
John Kirby explicou que cabe à NATO ativar a força multinacional, composta por tropas terrestres, aéreas e marítimas, e que conta com cerca de 40 mil soldados de vários países.
No entanto, o porta-voz do Pentágono não descartou um possível destacamento "unilateral" dos Estados Unidos fora da NRF, lembrando que nessa situação será sempre em coordenação e após consultar os aliados.
A Aliança Atlântica também anunciou hoje que está a colocar "em alerta" e a enviar navios e aviões de guerra para base da NATO na Europa Oriental, reforçando a dissuasão e defesa aliadas, enquanto a Rússia continua a mostrar a sua força militar na Ucrânia.
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