Pese embora a melhoria em relação à edição de 2020, tal não retira o país lusófono do grupo de maiores retrocessos na África subsaariana - ao lado da República do Congo, Maláui, Madagáscar, Libéria e Zâmbia - por acumular seis pontos perdidos desde 2012, nota a organização.
Do lado oposto está Angola, que subiu oito pontos desde 2014 e integra o grupo dos países com maiores progressos.
A organização Transparência Internacional (TI) tem alertado Moçambique para a necessidade de haver esforços concertados para apoiar "a transparência e a responsabilização", caso contrário o país arrisca-se a entrar numa "espiral descendente", como referiu em 2021 Mokgabo Kupe, conselheira da TI para a África Austral.
O Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental (ONG) moçambicana, considerou no último ano haver melhorias nas leis anticorrupção do país desde 2004, mas deixou o alerta de que não estão a produzir efeitos, apelando a reformas mais profundas.
A média da África subsaariana no índice de 2021 é de 33 pontos, a mais baixa do mundo, e 44 países classificam-se abaixo dos 50 pontos.
Quanto aos outros países lusófonos, Portugal surge no índice na 33.ª posição com 62 pontos, seguido por Cabo Verde (39.ª posição, 58 pontos); São Tomé e Príncipe (68.ª posição, 45 pontos); Timor-Leste (82.ª posição, 41 pontos); Angola (136.ª posição, 29 pontos), Guiné Bissau (162.ª posição, 21 pontos) e Guiné Equatorial, que está na 171.ª posição, com apenas 17 pontos, e merece algumas considerações particularmente críticas no relatório anual da organização não-governamental (ONG) sediada em Berlim.
O Índice de Perceção da Corrupção (IPC), organizado pela TI, classifica 180 países e territórios pelos níveis de perceção da corrupção no setor público, numa escala de zero (altamente corrupta) a 100 pontos (limpa da perceção de corrupção).
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