Autoridades guineenses pedem intervenção do PR para superar problemas

O porta-voz dos régulos (autoridades tradicionais) da Guiné-Bissau, Issuf Baldé, pediu hoje ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, para ajudar a ultrapassar "problemas com as autoridades políticas" nas comunidades do país.

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Lusa
26/01/2022 16:51 ‧ 26/01/2022 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Os régulos da Guiné-Bissau estiveram hoje no Palácio da Presidência em Bissau onde foram apresentar cumprimentos de Novo Ano a Umaro Sissoco Embaló, como têm vindo a fazer diversas franjas da sociedade guineense desde o início de janeiro.

Antes da intervenção do Presidente guineense, o porta-voz dos régulos transmitiu as recomendações de uma concertação realizada na terça-feira em que foram analisadas as preocupações da população nas suas comunidades.

Em quase todas as comunidades foram detetados conflitos sobre a posse de terra, falta de segurança entre os criadores de gado, exploração de recursos naturais "sem o conhecimento dos régulos", falta de estradas, centros de saúde, escolas, água potável e fraca cobertura de rede de telemóveis.

Issuf Baldé ainda transmitiu a Umaro Sissoco Embaló que em quase todas as comunidades do interior da Guiné-Bissau, a polícia tem vindo a apreender as motorizadas da população, mesmo quando aqueles veículos são usados para o transporte de doentes.

Em nome dos régulos da região de Bolama / Bijagós, Issuf Baldé disse ao chefe de Estado guineense que a população clama por transportes para a ligação entre as ilhas.

Umaro Sissoco Embaló, que se assume como descendente de régulos da região de Gabú, no Leste, prometeu transmitir as preocupações dos chefes tradicionais ao Governo e ainda anunciou que vai solicitar apoios junto de países com monarquia, nomeadamente no mundo árabe, para apoiar os régulos guineenses.

O Presidente guineense frisou que o papel do chefe de Estado é outro.

"Prometi, em caso de vitória eleitoral, trazer estabilidade e respeito da Guiné-Bissau lá fora. Isso, são dados visíveis hoje em dia por todos. Até final do ano toda a Guiné-Bissau terá energia elétrica", afirmou Sissoco Embaló.

Leia Também: Sindicato de jornalistas da Guiné-Bissau preocupado com assédio sexual

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