O Papa Francisco disse, esta quarta-feira, num comentário que fez sobre as dificuldades enfrentadas ao criar os filhos, que os pais de crianças homossexuais não devem condená-las mas, em vez disso, oferecer-lhes apoio.
O chefe da Igreja Católica mencionou que os “pais que veem diferentes orientações sexuais nos seus filhos devem acompanhá-los e não se esconder atrás de uma atitude de condenação”.
Anteriormente, o Papa Francisco salientou que as pessoas homossexuais têm o direito de ser aceites pelas suas famílias, frisando, segundo a Reuters, que embora a Igreja não possa aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pode apoiar leis de união civil destinadas a dar aos parceiros direitos conjuntos nas áreas de pensões e saúde e questões de herança.
"Os homossexuais têm o direito de estar numa família. São filhos de Deus", disse Francisco no passado. "Não se pode expulsar alguém de uma família, nem tornar a sua vida miserável por isso. O que temos que ter é uma lei de união civil, que os proteja legalmente", defendeu.
Já enquanto arcebispo de Buenos Aires, antes de se tornar Papa, Francisco defendia uniões civis para casais gay como uma alternativa aos casamentos. Contudo, no ano passado, o escritório doutrinário do Vaticano emitiu um documento que esclarecia que os padres católicos não podem abençoar uniões do mesmo sexo.
De referir que no mês passado, um departamento do Vaticano pediu desculpas por “causar dor a toda a comunidade LGBTQ” removendo do site um link para material de recurso de um grupo católico de defesa dos direitos gays em preparação para uma reunião do Vaticano em 2023 sobre a direção futura da Igreja.
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