Dezenas de 'jihadistas' escondidos em prisão controlada pelos curdos

Dezenas de 'jihadistas' ainda estão escondidos numa prisão na Síria, que as forças curdas anunciaram ter recuperado o controlo na quarta-feira, quase uma semana após um ataque do grupo extremista Estados Islâmico (EI) que matou mais de 235 pessoas.

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Lusa
28/01/2022 06:34 ‧ 28/01/2022 por Lusa

Mundo

Síria

As Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos e que lideram a luta contra o Estado Islâmico, disseram que tinham recuperado o controlo total da prisão de Ghwayran na cidade de Hassaké, no nordeste, pondo fim a seis dias de intensos conflitos.

Mas na quinta-feira, aconteceram novos confrontos dentro do estabelecimento prisional durante as operações de busca da FDS, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental (ONG) sediada no Reino Unido.

Doze combatentes do EI morreram nos confrontos e foram encontrados os corpos de outros cinco jihadistas, segundo o OSDH.

As operações de busca permitiram expulsar entre 60 e 90 'jihadistas' ainda escondidos numa ala da prisão, explicou o FDS, anunciando a rendição de cerca de "3.500 membros do EI".

No total 173 'jihadistas', 55 combatentes curdos e sete civis foram mortos na violência em Hassaké desde o início do ataque à prisão em 20 de janeiro, disse o OSDH.

Em Hassaké foi decretado um recolher obrigatório há quatro dias. As forças curdas -- apoiadas por uma coligação liderada pelos Estados Unidos -- estão a bloquear todos os acessos para evitar que os "jihadistas" em fuga se desloquem para outras regiões.

Segundo o OSDH, 25 a 40 'jihadistas' estavam escondidos na cave da prisão, sem comida há quase uma semana.

"Alguns deles foram mortos durante o ataque aéreo [quarta-feira] à noite, enquanto tentavam fugir", disse a ONG.

É provável que o número dos combates aumente ainda mais porque "o destino de dezenas de pessoas ainda é desconhecido", adverte o OSDH, acrescentando que "120 combatentes das FDS e membros da polícia foram levados para o hospital, alguns gravemente feridos".

Em 20 de janeiro, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) lançou um ataque a um estabelecimento prisional controlado pelas forças curdas no nordeste da Síria, libertando um número desconhecido de 'jihadistas'.

"Vários prisioneiros conseguiram escapar", disse o OSDH, sem especificar o número, na ocasião.

Na linha da frente do combate contra o Estado Islâmico, as FDS, apoiadas pela coligação internacional, derrotaram o movimento extremista no seu último reduto de Baghouz, na província de Deir Ezzor, no leste da Síria, em 2019.

Desde a derrota, o Estado Islâmico tem realizado ataques mortais de forma regular, principalmente no deserto sírio.

Leia Também: Forças curdas procuram 'jihadistas' após ataque a prisão na Síria

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