"Estarei lá [na Rússia] no próximo mês para estreitar os laços e melhorar as relações comerciais", disse o chefe de Estado brasileiro a apoiantes reunidos na frente ao Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília.
Questionada pela AFP, a Presidência brasileira, no entanto, indicou "não ter detalhes para o momento" sobre esta visita que faria parte de uma viagem que também deve levar Bolsonaro à Hungria, segundo a imprensa local.
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, havia admitido na última segunda-feira que a viagem à Rússia poderia ser cancelada devido à grave crise diplomática entre russos e ocidentais na Ucrânia.
Esse conflito "faz parte da discussão entre europeus, o Brasil pertence a outro continente, aqui somos o continente da paz", declarou o vice-presidente na ocasião.
Jair Bolsonaro explicou em 19 de janeiro que sua visita à Rússia "não tem a intenção de criar problemas de animosidade".
"Estamos cientes dos problemas que alguns países têm com a Rússia. Mas a Rússia é nossa parceira. Esta é uma viagem que interessa a nós, e a eles também", disse então, "o convite vem do lado deles", acrescentou Bolsonaro.
O Presidente brasileiro, muito criticado em razão da atuação externa de seu Governo, também chamou nesta quinta-feira seu colega russo Vladimir Putin de conservador.
Segundo o Governo dos Estados Unidos, "tudo indica" que Vladimir Putin usará "força militar" contra a Ucrânia em meados de fevereiro.
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