"Espero, e acredito, que cada vez mais nações sigam, em breve, o exemplo dos Emirados Árabes Unidos e se juntem aos Acordos de Abraão", disse o chefe de Estado israelita na Expo.
O Estado hebreu só é reconhecido por cinco países árabes, além dos Emirados: Egito, Jordânia, Bahrein, Marrocos e Sudão.
A Expo 2020 do Dubai é "uma lembrança do que pode ser alcançado trabalhando em conjunto para derrubar fronteiras, conectando mentes e imaginando um futuro diferente", refere um comunicado divulgado pela presidência israelita.
Herzog e a sua mulher chegaram domingo a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, na primeira visita de um chefe de Estado israelita a este país árabe.
"Israel é um país onde os obstáculos se transformam em oportunidades e onde o impossível é um desafio tentador. Este pavilhão apresenta uma amostra fenomenal do que temos para oferecer, desde a tecnologia da água e a agricultura sustentável à saúde pública", disse o Presidente israelita no stand do seu país na exposição.
O ministro da Tolerância e Coexistência dos Emirados Árabes Unidos, Nahyan bin Mubarak al-Nahyan, disse ao lado de Herzog que "Israel tem muito a oferecer".
Desde a assinatura, em 2020, dos Acordos de Abraão, as trocas comerciais entre Israel e os Emirados Árabes Unidos "já ultrapassaram os 1.000 milhões de dólares (cerca de 897 milhões de euros), foram assinados mais de 120 acordos e foi criado um fundo bilateral de investigação e desenvolvimento de 100 milhões de dólares (cerca de 89,66 milhões de euros) muito recentemente", segundo a presidência israelita.
Após a sua visita à Expo, Herzog deverá encontrar-se com o governante do Dubai e vice-presidente do emirado, Mohamed bin Rashid al Maktoum, depois de um encontro de várias horas no domingo com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohamed bin Zayed Al Nahyan.
No mês passado, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, também fez história ao ser o primeiro chefe de Governo de Israel a visitar os Emirados Árabes Unidos, onde destacou o desejo de "aprofundar e fortalecer a cooperação, a paz entre os dois países e as relações económicas".
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