Acabou esta terça-feira o prazo para as nomeações para o Prémio Nobel da Paz de 2022. Entre as centenas de candidatos, os nomes mais sonantes são a Organização Mundial de Saúde, a ativista Greta Thunberg, o Papa Francisco e Sviatlana Tsikhanouskaya, ex-candidata à presidência da Bielorrússia e principal voz contra o regime totalitário do país.
Segundo escreve a Al-Jazeera, também constam os nomes do biólogo e voz dos programas de natureza na BBC, Sir David Attenborough, e o governo de unidade nacional de Myanmar, que continua a lutar contra o golpe de Estado.
O vencedor será anunciado no final do ano, a 10 de dezembro.
Todos os anos, há uma série de nomes muito improváveis a entrar na lista, porque os critérios permitem que qualquer cidadão que exerça um cargo público possa nomear qualquer pessoa no mundo (assim como professores universitários, académicos, antigos vencedores e líderes de organizações-não governamentais).
Isto justifica que alguns republicanos nos Estados Unidos continuem a nomear anualmente nomes como o de Donald Trump, apesar deste nunca ser considerado para o Nobel da Paz, muito menos depois do seu papel no ataque ao Capitólio em 2021.
O prémio será eventualmente dado pelo Comité Norueguês do Nobel (apesar da fundação estar baseada na Suécia). As nomeações finais que foram consideradas pelo comité, mas que eventualmente acabaram por perder o prémio, só são conhecidas passados 50 anos.
Alguns deputados noruegueses, no entanto, divulgam os seus nomeados. A inclusão de David Attenborough e Greta Thunberg deve-se, naturalmente, à luta que os dois têm feito contra a crise climática e a exigência por políticas climáticas mais urgentes.
A OMS foi nomeada depois de dois anos em que se tornou protagonista no combate à pandemia da Covid-19.
Um nome menos conhecido a ser nomeado pelos deputados noruegueses foi o de Simon Kofe, ministro dos Negócios Estrangeiros do Tuvalu, que teve um dos momentos mais emblemáticos da COP26, quando deu um discurso na praia do seu país, com as pernas molhadas pela água do Pacífico - o objetivo era alertar para o facto de países como o Tuvalu ou o Kiribati serem os primeiros a desaparecer com a subida das águas.
Já o Papa Francisco foi escolhido por alertar para a crise climática, mas também para as injustiças sociais e os vários conflitos no mundo.
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