"Estamos muito aliviados por confirmar que as 63 pessoas em grande sofrimento perto da costa marroquina foram encontradas pela Marinha marroquina e trazidas em segurança para terra", anunciou no Twitter o Alarm Phone, um grupo de voluntários que gere uma linha direta para migrantes em dificuldades.
Esta manhã, a ativista espanhola Helena Maleno alertou para o perigo enfrentado por estes migrantes, "incluindo 15 mulheres e três bebés, que estão condenados a morrer se a ajuda não chegar".
Os migrantes tentavam chegar ao arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, localizado a cerca de 100 km de Tarfaya.
Não foi possível obter mais informações sobre este salvamento da Marinha e das autoridades marroquinas.
O grupo Caminando Fronteras tinha relatado o afundamento de um barco a 16 de janeiro, ao largo de Tarfaya, no qual morreram 43 migrantes, incluindo três bebés e 14 mulheres, na sua maioria da África subsaariana. Dez pessoas foram salvas, de acordo com a mesma fonte.
Localizado na ponta noroeste de África, Marrocos é um país de trânsito para muitos migrantes que procuram chegar à Europa, a partir das suas costas atlânticas ou mediterrânicas.
De acordo com Caminando Fronteras, mais de 4.000 migrantes morreram ou desapareceram em 2021 durante a sua travessia marítima para Espanha, duas vezes mais do que em 2020.
Os corpos de quase todos eles (94%) nunca foram recuperados e são, portanto, considerados como desaparecidos.
Em 2021, mais de 37.300 migrantes, na sua maioria provenientes de Marrocos, chegaram por mar a Espanha (na península e nas Ilhas Baleares e Canárias), segundo o Ministério do Interior espanhol.
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