Subiu para 23 o número de pessoas que morreram depois de consumir cocaína adulterada em Buenos Aires, Argentina. Há ainda 84 pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), três das quais voltaram a ser hospitalizadas após terem alta por consumir a substância novamente.
Do total de pessoas em UCI, 20 estão ligadas a um ventilador e outras várias dezenas foram salvas depois de receberem oxigénio. “Se não fosse por causa da nossa preparação para a pandemia, o número de vítimas mortais seria muito maior”, considerou, esta quinta-feira, o ministro da Saúde da província de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, em conferência de imprensa.
Já o ministro da Segurança, Sergio Berni, acredita que a adulteração da substância foi causada por “um erro de cálculo” na preparação para a venda de forma a render mais. “Ninguém conspira contra o seu próprio negócio”, considerou.
Segundo as autoridades argentinas, a droga foi misturada com um opióide, sendo o fentanil a hipótese mais provável.
A imprensa local diz que a maioria das vítimas morreu menos de uma hora após consumir a substância local e as autoridades acreditam que o número de mortes irá aumentar.
A província de Buenos Aires apelou aos habitantes para não consumirem cocaína comprada nas últimas 48 horas e cerca de 15 mil porções - vendidas em pacotes semelhantes aos que as vítimas compraram - já foram apreendidas.
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