Os manifestantes, que se concentraram no centro da capital, agradeceram às autoridades terem expulsado o embaixador francês no Mali, Joel Meyer, a quem foi dado um prazo de 72 horas na segunda-feira para partir.
Em ambiente de festa, os manifestantes hastearam as bandeiras do Mali e também da Rússia e da China e tocaram vários instrumentos, numa mobilização sem precedentes segundo especialistas.
"A França está a voltar para casa" e "não ao neocolonialismo" foram algumas das palavras de ordem entoadas na manifestação.
A União Europeia (UE) sancionou hoje cinco membros do governo de transição do Mali, incluindo o primeiro-ministro, Choguel Maïga, por "ações que obstruem e prejudicam a conclusão bem-sucedida da transição política" no país.
O anúncio das sanções da UE seguiu-se ao dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que impuseram medidas restritivas com o objetivo de obter rapidamente compromissos do Governo de Transição do Mali para organizar eleições.
O Mali está mergulhado numa crise de segurança desde 2012 devido ao surgimento de vários movimentos 'jihadistas' ligados à Al-Qaida ou ao grupo extremista Estado Islâmico, que aproveitaram a fraqueza do país para avançar pelo Sahel, e devido a dois golpes em 2020 e 2021.
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