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Bielorrússia rejeita agressão durante manobras militares com Rússia

A Bielorrússia considerou hoje "ridículas" as suspeitas de uma possível agressão contra a Ucrânia durante os exercícios militares conjuntos com a Rússia denominados "Determinação Aliada-2022", que começam no dia 10.

Bielorrússia rejeita agressão durante manobras militares com Rússia
Notícias ao Minuto

21:22 - 04/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

A afirmação foi feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, à subsecretária de Estado para os Assuntos Europeus e Eurasiáticos dos Estados Unidos, Karen Donfried, durante uma conversa telefónica, segundo o Ministério bielorrusso.

"A fantasia sobre a agressão militar a partir do território da Bielorrússia contra a Ucrânia é simplesmente ridícula", afirmou.

Makei lamentou a "autêntica histeria" do Ocidente sobre os exercícios, que Minsk garantiu serem de natureza "exclusivamente defensiva".

As manobras "estão a ser realizadas precisamente devido à instigação óbvia da tensão nas nossas fronteiras", explicou o chefe da diplomacia bielorrussa.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, denunciou na quinta-feira que a Rússia já destacou 5.000 soldados para a fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia e planeia aumentar esse número para 30.000.

"Isto é claramente uma escalada do conflito, não uma desescalada", apontou.

No dia 02 de fevereiro, os EUA anunciaram o envio de 3.000 tropas para os países aliados no leste da Europa que fazem fronteira com a Ucrânia, embora não considerassem "iminente" uma invasão russa.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, advertiu que a Rússia realizou nos últimos dias o seu "maior" destacamento militar na Bielorrússia desde a Guerra Fria.

"São esperadas 30.000 tropas de combate, Spetnaz (forças de operações especiais), caças SU-35, mísseis Iskander de capacidade dupla e sistemas de defesa aérea S-400", indicou.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, inspecionou as tropas na quinta-feira após um encontro com o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, em Minsk.

"A Bielorrússia é o nosso parceiro estratégico, amigo próximo e aliado. Na Rússia valorizamos muito a sua firmeza em enfrentar a linha destrutiva do Ocidente e a vontade de criar um espaço de defesa comum nas fronteiras da União de Estados. A este respeito, pode sempre contar com o nosso apoio", disse Shoigu.

Esta semana, as tropas russas e bielorrussas já participarem em treinos de tiro e hoje chegaram ao polígono militar perto da cidade de Brest sistemas de defesa antiaérea de longo alcançe S-400 (Triumf).

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou esta semana os EUA e a NATO de ignorarem as exigências de segurança da Rússia, especialmente a sua oposição à política de porta aberta da Aliança, que disse não estar "escrita em nenhum lado".

Leia Também: EUA acusam Rússia de querer multiplicar presença militar na Bielorrússia

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