O regulador de Saúde sul-africano anunciou esta segunda-feira a aprovação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela fabricante chinesa Sinopharm. Mas, segundo informa a Reuters, um alto funcionário do governo do país avançou que, por agora, o executivo não está a planear adquirir doses da referida vacina.
Apresentando-se como o país africano mais severamente afetado pela pandemia, com o número de óbitos e de infeções mais elevados do continente, a África do Sul tem apenas, até ao momento, recorrido às vacinas da Pfizer-BioNTech e da Johnson & Johnson na sua campanha de vacinação.
Agora, a entidade reguladora dos medicantes do país (SAPHRA) esclareceu, num comunicado, que a aprovação da vacina da Sinopharm tem na sua base "dados de segurança, qualidade e eficácia aceitáveis". A vacina pode assim passar a ser administrada, no país, a maiores de 18 anos.
A vacina "administra-se com duas doses de infeção intramuscular, com um intervalo de entre 2 e 4 semanas entre elas", indica o mesmo documento.
A SAPHRA enfatizou, no entanto, que a autorização está "sujeita a várias condições", incluindo que a vacina seja fornecida e administrada de acordo com as regras do programa de vacinação da África do Sul.
Segundo a agência do medicamento sul-africana, haverá ainda "condições adicionais" relacionadas com a realização de novos estudos periódicos, incluindo de dados sobre a segurança da vacina.
Ainda assim, o executivo nacional revela não estar, neste momento, em negociações para comprar doses de vacinas da Sinopharm. "Não estamos a adquirir a vacina, uma vez que temos muitas em stock", apontou Nicholas Crisp, diretor-geral adjunto do departamento de Saúde, citado pela Reuters.
No mesmo comunicado, a SAPHRA anunciou também a aprovação geral da vacina da Pfizer para maiores de 12 anos.
A vacina da Sinopharm contra a Covid-19 foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no passado mês de maio.
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