Protestos anti-covid no Canadá incentivam mobilizações nos EUA
Os protestos no Canadá contra as medidas sanitárias preventivas da covid-19 têm levado a uma maior mobilização nos Estados Unidos, com os manifestantes a mostrarem-se contra a vacinação obrigatória e a "tirania" médica.
© Lusa
Mundo Covid-19
Na segunda-feira, várias centenas de funcionários municipais, inspirados nos protestos dos camionistas do Canadá, manifestaram-se em Nova Iorque contra a decisão de afastar, a partir de sexta-feira, todos os trabalhadores que se recusarem a ser vacinados.
Exibindo uma bandeira do Canadá, os manifestantes insurgiram-se contra aquilo que classificaram como "tirania médica".
No dia anterior, um grupo de camionistas manifestou-se no estado norte-americano do Alasca contra a vacinação obrigatória, em apoio aos seus colegas de profissão.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, exortou hoje as centenas de camionistas que há mais de uma semana bloqueiam o centro da capital canadiana, Otava, em protesto contra as medidas sanitárias anti-covid-19, a acabarem com a mobilização.
O apelo de Trudeau surge após um pedido de ajuda do responsável municipal da capital, que no domingo decretou o estado de emergência por considerar "fora de controlo" a situação na cidade.
Em 29 de janeiro, entre 400 e 500 camiões começaram a concentrar-se em frente ao parlamento e junto à residência de Trudeau em Otava.
No passado fim de semana, os protestos alastraram a outras cidades canadianas, incluindo Toronto e Winnipeg, e à região do Quebeque.
O movimento, apelidado de "Freedom Convoy", visava inicialmente protestar contra a decisão das autoridades de exigirem, desde meados de janeiro, que os camionistas fossem vacinados para atravessar a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, mas rapidamente transformou-se num movimento contra as medidas sanitárias em geral para evitar a propagação da pandemia de covid-19 e também, para alguns, contra o Governo liderado por Justin Trudeau.
A covid-19 provocou pelo menos 5.748.498 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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