Reino Unido lança ofensiva diplomática com viagens de Boris Johnson e MNE

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai viajar para Bruxelas e Polónia na quinta-feira, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, para a Rússia, como parte de uma ofensiva diplomática para resolver a crise na Ucrânia.

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© Toby Melville/Reuters

Lusa
09/02/2022 15:11 ‧ 09/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Depois de uma visita a Kiev no início de fevereiro, Johnson vai-se reunir em Bruxelas com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e depois segue para a Polónia, onde se encontrará com o seu homólogo polaco, Mateusz Morawiecki, e com o Presidente do país, Andrzej Duda.

Ao mesmo tempo, Truss vai ser recebida em Moscovo pelo homólogo russo, Sergei Lavrov.

A chefe da diplomacia britânica salientou, a propósito da deslocação de dois dias que começa hoje, que o Reino Unido está determinado em "defender a liberdade e a democracia na Ucrânia" e que a Rússia "não deve duvidar da força da resposta" de Londres.

"Vou visitar Moscovo para pedir à Rússia que apoie uma solução diplomática e deixe claro que outra invasão russa de um Estado soberano traria tremendas consequências para todos os envolvidos", disse Truss num comunicado.

A ministra reiterou que a Rússia pode enfrentar "custos sérios" se realizar a invasão da Ucrânia, como "um pacote coordenado de sanções".

A visita de Truss a Moscovo, a primeira de um ministro dos Negócios Estrangeiros britânico à Rússia em mais de quatro anos, acontece poucos dias depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter-se reunido na capital russa com o Presidente russo, Vladimir Putin. 

A presença de cerca de 100.000 soldados russos na fronteira ucraniana fez os países ocidentais recearem uma invasão pela Rússia, que anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014 e apoiou os separatistas pró-russos em guerra com as forças ucranianas desde então na região do Donbass (leste da Ucrânia).

A Rússia nega uma intenção bélica, mas condiciona qualquer medida para diminuir a tensão a garantias para a sua segurança, incluindo que a Ucrânia nunca será membro da NATO e que a aliança retirará as suas forças para as suas posições de 1997.

Num artigo para o jornal The Times na terça-feira, Boris Johnson instou os aliados a finalizarem pesadas sanções económicas que entrariam em vigor caso a Rússia atravessar a fronteira para a Ucrânia. 

Afirmou também que o Reino Unido está pronto a reforçar as forças da NATO na Letónia e na Estónia e a destacar caças Typhoon da Força Aérea e navios de guerra britânicos para o sudeste da Europa. 

Além de ter enviado armas antitanque para a Ucrânia, o Reino Unido anunciou, na segunda-feira, o envio de 350 soldados para a Polónia, para reforçar a frente do leste da NATO, juntando-se aos 1.700 soldados norte-americanos que estão a ser mobilizados esta semana para a mesma zona.

Leia Também: Covid. Exigência legal de isolamento pode acabar no Reino Unido este mês

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