Polícia começa a tentar dispersar manifestantes antivacinas no Canadá

A polícia canadiana começou hoje a remover os manifestantes que interromperam o comércio Canadá-EUA numa importante passagem de fronteira, embora vários camiões continuem a bloquear o tráfego.

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Notícias ao Minuto com lusa
12/02/2022 15:43 ‧ 12/02/2022 por Notícias ao Minuto com lusa

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Canadá

A polícia canadiana começou a tentar dispersar os manifestantes este sábado da Ponte do Embaixador, frente a Detroit, tentando pôr fim a um bloqueio de seis dias da travessia internacional mais movimentada da América do Norte.

Dezenas de polícias aproximaram-se dos manifestantes junto à ponte, do lado canadiano, na cidade de Windsor, ao início da manhã. Houve alguns sinais de que alguns manifestantes estavam a afastar-se por decisão própria, desmantelando uma área de tendas improvisadas onde recebiam comida e abrigo.

Depois, mais manifestantes acabaram por se afastar. Os manifestantes podem ser presos se estiverem envolvidos no bloqueio da ponte, e os veículos podem ser apreendidos e confiscados em caso de condenação, disse a polícia de Windsor após a ordem judicial de sexta-feira.

A mudança vem um dia depois de um juiz ter emitido uma ordem que permite à polícia começar a 'limpar' a área da ponte e acabar com o bloqueio que fez tremer as cadeias de abastecimento e alarmou os líderes políticos. O presidente do Supremo Tribunal de Ontário, Geoffrey Morawetz, disse, durante uma audiência virtual, que a ordem para que os manifestantes terminassem com o bloqueio entraria em vigor às 19h00 [00h00 de sábado em Lisboa]. O número de manifestantes diminuiu durante a noite, e algumas dezenas de veículos permaneceram estacionados no sopé da ponte quando o sol nasceu no sábado, avança a CNN. 

"Um a um, vamos começar a rebocar os carros, se necessário", disse o presidente da câmara de Windsor, Drew Dilkens, na sexta-feira, algumas horas antes do prazo do juiz.

O centro de Otava, a capital federal canadiana, situada em Ontário, está paralisado há duas semanas por manifestantes que exigem a retirada de todas as medidas de combate à pandemia e se recusam a abandonar a zona.

A contestação às restrições de combate à pandemia de Covid-19 no Canadá, que se estendem contra o primeiro-ministro Justin Trudeau e o Partido Liberal, que lidera o governo, afetam, há cinco dias, esta ligação que representa mais de 25% dos bens exportados entre os Estados Unidos e o Canadá. O gabinete do primeiro-ministro Justin Trudeau considerou a decisão judicial "responsável e necessária", acrescentando que o governante manteve uma conversa com o Presidente dos EUA Joe Biden.

"Discutimos as influências norte-americanas e globais no protesto e sobre o impacto do dinheiro estrangeiro para financiar esta atividade ilegal", referiu.

Na quinta-feira, os Estados Unidos ofereceram ajuda ao Canadá para acabar com o bloqueio das passagens na fronteira por manifestantes. A emissora pública do Canadá, CBC, referiu que a Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna norte-americano disponibilizaram recursos para acabar com os bloqueios das passagens de fronteira, devido aos danos que estão a causar à economia.

Leia Também: Primeira-ministra da Islândia testa positivo e fica em isolamento em casa

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