O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniu-se, no sábado, em Honolulu, com os ministros dos Negócios Estrangeiros japonês, Yoshimasa Hayashi, e sul-coreano, Chung Eui-yong, depois de, na passada semana, os chefes da Defesa dos três países terem afirmado que os recentes testes de mísseis norte-coreanos estavam a desestabilizar a segurança regional.
Alguns peritos consideraram que Pyongyang está a utilizar os testes de armamento para pressionar a administração do Presidente Joe Biden a retomar as negociações nucleares, numa altura em que a economia norte-coreana está sob forte pressão devido ao impacto da pandemia de covid-19, a décadas de má gestão e às sanções lideradas pelos EUA.
Apesar de Washington ter já proposto continuar as negociações com o regime do líder norte-coreano, Kim Jung-un, não demonstrou qualquer intenção de diminuir as sanções sem cortes significativos no programa nuclear do país.
Os testes apresentam também uma componente técnica, que permite à Coreia do Norte desenvolver o arsenal de armas. Um dos mísseis recentemente testados, o míssil balístico de médio alcance Hwasong-12, é capaz de atingir o território norte-americano de Guam. Foi a arma de maior distância que o Norte testou desde 2017.
A Coreia do Norte parece ter interrompido os testes durante os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, já que a China é o aliado mais importante do país. Mas analistas disseram já acreditar que Pyongyang vai aumentar os testes depois dos Jogos Olímpicos.
As primeiras sanções do Conselho de Segurança foram impostas na sequência do primeiro teste nuclear da Coreia do Norte, em 2006. Desde então foram agravadas em resposta a novos testes nucleares e de mísseis balísticos.
A China e a Rússia, citando as dificuldades económicas do Norte, apelaram ao levantamento das sanções.
Antes do encontro com Blinken, Hayashi e Chung estiveram reunidos, também no sábado, durante cerca de 40 minutos, para "reafirmar a importância de cooperar em conjunto e com os Estados Unidos para responder à Coreia do Norte e alcançar a estabilidade regional", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.
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