Berlim está a examinar "se ainda há oportunidades bilaterais de contribuir para um apoio económico", disse a mesma fonte à agência de notícias France Presse, numa altura em que aumentam os receios sobre uma possível ofensiva russa.
Desde a anexação da Crimeia em 2014 por Moscovo que a Alemanha tem sido o país que mais tem prestado ajuda financeira bilateral à Ucrânia, com dois mil milhões de euros, aos quais se soma uma linha de crédito de 500 milhões de euros, tendo já sido usados cerca de dois terços.
O apoio da União Europeia junta-se a esta ajuda bilateral.
Numa entrevista hoje à rádio pública alemã, o embaixador da Ucrânia em Berlim, Andrij Melnyk, pediu que seja feito o anúncio de um plano de ajuda "de vários milhões" de euros durante a visita de Olaf Scholz na segunda-feira a Kiev, antes da viagem no dia seguinte a Moscovo.
Os dois países continuam em desacordo na questão do fornecimento de armas "letais", que Berlim continua a recusar, refugiando-se na política seguida nesta área desde o período nazi, que consistia em não exportar armas para zonas de conflito.
Kiev encaminhou uma lista de exigências a Berlim, mas para segunda-feira "ainda não se deve esperar nada" sobre o assunto, sublinhou a fonte do governo alemão.
Segundo a imprensa alemã, esta lista inclui sistemas de mísseis antiaéreos, sistemas antidrones, sistemas de rastreamento eletrónico, equipamentos de visão noturna e munições, não estando excluído que alguns destes equipamentos, considerados não letais, possam ser aceites.
Nesta lista estão "certos elementos (...) que podemos examinar", sublinhou a fonte alemã, frisando que é necessário ver se estão "disponíveis no momento".
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