"Claro que não queremos guerra na Europa", diz Vladimir Putin
Presidente russo diz que, "mais uma vez" os EUA, e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) não satisfizerem as preocupações com a segurança nacional da Rússia, ainda assim afirma querer manter as negociações.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
Numa reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz para debater o conflito criado nas últimas semanas, com mobilização de 100 mil militares russos para perto da fronteira ucraniana, o presidente russo Vladimir Putin afirmou: "É claro que não queremos guerra na Europa".
Putin admitiu estar aberto a diálogo com o Ocidente numa tentativa de aliviar a tensão que tem vindo a escalar.
"É exatamente por isso que apresentamos a proposta de iniciar o processo de negociação onde o resultado deve ser um acordo para garantir a igualdade de segurança de todos, incluindo o nosso país. Infelizmente não houve uma resposta construtiva a esta proposta", apontou o líder russo.
Vladimir Putin referia-se às conversações com Estados Unidos e NATO sobre os limites para colocação de mísseis e transparência militar, num novo sinal de desanuviamento da tensão com o Ocidente.
Rússia pronta para discutir medidas de construção de confiança
O presidente russo apontou após a reunião que, "mais uma vez", os EUA e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) não satisfizeram as preocupações com a segurança nacional da Rússia e alertou que a dissuasão ocidental da Rússia foram uma "ameaça direta e imediata" por parte dos supracitados.
Ainda assim, diz estar disposto a negociações. O chefe de Estado russo diz que os Estados Unidos e a NATO rejeitaram a exigência de Moscovo de manter a Ucrânia e outras antigas repúblicas soviéticas fora da Aliança Atlântica, parar de enviar armas para perto das fronteiras da Rússia e retirar as forças da organização da Europa de Leste, três requisitos importantes para a Rússia.
No entanto, os Estados Unidos e a NATO concordaram em discutir uma série de medidas de segurança que a Rússia tinha anteriormente proposto.
Putin indicou que a Rússia está disposta a iniciar conversações sobre a limitação da instalação de mísseis de médio alcance na Europa, transparência de manobras militares e outras medidas de construção de confiança, mas enfatizou a necessidade de o Ocidente atender às principais exigências de Moscovo.
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