O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, chegou à Síria para supervisionar os exercícios que marcam a maior implantação naval russa no mar Mediterrâneo desde os tempos da Guerra Fria.
Sergei Shoigu encontrou-se hoje com o Presidente sírio, Bashar al-Assad, para informá-lo sobre os exercícios e discutir os planos para uma maior cooperação técnico-militar.
O Ministério da Defesa russo disse que a operação no Mediterrâneo oriental, que envolve 15 navios de guerra e cerca de 30 aeronaves, faz parte de uma série de exercícios navais abrangentes que começaram no mês passado.
De acordo com Sergei Shoigu, as manobras destinavam-se a treinos para "proteger os interesses nacionais" e "afastar as ameaças militares contra a Federação Russa".
Bombardeiros de longo alcance Tu-22M3 com capacidade nuclear e caças MiG-31 com os mais recentes mísseis de cruzeiro hipersónicos Kinzhal aterraram na base aérea russa de Hemeimeem, na província costeira de Latakia, na Síria.
Implantação de mísseis Kinzhal na Síria parece ter como objetivo mostrar a capacidade militar russa de ameaçar o grupo de ataque de porta-aviões dos Estados Unidos no Mediterrâneo.
O Ministério da Defesa disse que o chefe da Marinha russa informou Sergei Shoigu que os exercícios visavam a prática de atacar navios de guerra inimigos.
Sergei Shoigu "informou o Presidente sírio das manobras realizadas pela frota russa na parte oriental do Mediterrâneo", escreveu o Ministério da Defesa em comunicado.
Os governantes mencionaram ainda a cooperação militar e técnica entre os dois Estados aliados no combate ao terrorismo internacional, bem como a "assistência humanitária russa à população síria que sofre sanções dos Estados Unidos e de outros países ocidentais".
A Rússia intervém militarmente na Síria desde 2015 em apoio às forças de Bashar al-Assad e contra os 'jihadistas'.
A guerra na Síria já matou cerca de 500 mil pessoas e deslocou milhões de desde o início em 2011.
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