Segundo a Embraer, um acordo firmado com a Aviair e a HeliSpirit inclui até 50 dessas aeronaves, enquanto outro acordo com a Microflite, uma das principais operadoras de helicópteros da Austrália, inclui até 40 eVTOL.
Todos os acordos implicam a entrega das aeronaves em 2026, conforme explica a empresa num comunicado ao mercado.
Aviair e HeliSpirit atendem a algumas das atrações turísticas mais emblemáticas da Austrália Ocidental - nas regiões de Kimberley, Sudoeste e Perth - com cerca de 50 aeronaves de asa fixa e rotativa.
"Este é um ótimo momento para se comprometer a reduzir significativamente nossa pegada de carbono, operando aeronaves elétricas de emissão zero", disse no comunicado Michael McConachy, diretor executivo da Aviair e HeliSpirit.
Já Jonathan Booth, da Microflite, destacou numa outra nota divulgada pela Embraer que o pedido "se baseia na parceria bem-sucedida que estabelecemos com a Eve [subsidiária da Embraer que desenvolve os 'veículos voadores'] e valida o enorme potencial para aeronaves de emissão zero na Austrália".
"Depois de trabalhar junto com a Eve nos últimos meses, identificamos uma rede potencial de rotas e esperamos trabalhar em conjunto com parceiros comerciais e comunidades para priorizar essas rotas e testar operações selecionadas com nossa frota existente", acrescentou.
A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, já oferece comercialmente, por meio de uma subsidiária, um modelo de aeronave elétrica de descolagem e aterragem vertical, mas também possui experiência no desenvolvimento de sistemas de Mobilidade Aérea Urbana (UAM).
Segundo informações divulgadas pela Embraer, a Eve, subsidiária da Embraer, recebeu pedidos de mais de 1.700 unidades de seus 'veículos voadores' em todo o mundo.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 lugares e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, a Embraer anunciou em janeiro passado a venda de dois parques industriais em Évora à empresa espanhola Aernnova Aerospace, mas mantém-se acionista da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.
Leia Também: Embraer conclui reintegração do negócio de aviação comercial