Bombardeamentos registados no leste da Ucrânia

Separatistas pró-russos acusaram os militares ucranianos de abrir fogo no seu território. Os ucranianos negam e dizem que forças apoiadas pela Rússia abriram fogo contra uma vila na região de Luhansk.

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Notícias ao Minuto
17/02/2022 09:36 ‧ 17/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia

Monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registaram vários bombardeamentos ao longo da linha de contacto entre os separatistas apoiados pela Rússia e as forças do governo, no leste da Ucrânia, esta quinta-feira. A informação foi confirmada por uma fonte diplomática à Reuters.

Os separatistas pró-russos e o governo ucraniano acusam-se mutuamente do ataque, numa altura em que os Estados Unidos dizem que a Rússia está a tentar criar um "pretexto" para invadir a Ucrânia, reporta o Moscow Times.

Os separatistas acusam as forças do governo de abrir fogo no seu território quatro vezes nas últimas 24 horas, enquanto a Ucrânia devolve a acusação alegando os bombardeamentos. Segundo a SkyNews, os militares ucranianos alegam que forças apoiadas pela Rússia abriram fogo contra uma vila na região de Luhansk.

Os militares disseram que os projéteis atingiram um jardim de infância, mas que não houve feridos.

No vídeo abaixo, pode ouvir o som de algumas explosões no local.

Estes bombardeamentos ocorrem depois de, na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que Kiev estava a cometer um "genocídio" na região de Donbas (dominada por separatistas), no sudeste da Ucrânia, onde, segundo meios de comunicação russos, existem valas comuns secretas e as forças ucranianas usariam armas químicas contra os civis.

Segundo o representante do Departamento de Estado os EUA, Ned Price, "estas são narrativas falsas que a Rússia está a desenvolver para usar como pretexto para uma ação militar contra a Ucrânia".

Recorde-se que o parlamento russo aprovou, na terça-feira, uma resolução que pedia o reconhecimento diplomático das Repúblicas Populares do Donbas, dominadas por separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia. No entanto, Putin confirmou que não tinha planos imediatos para assinar esta moção, pedindo à Ucrânia a cumprir os acordos de Minsk, um acordo de cessar-fogo assinado em 2015.

Já esta semana, o Kremlin confirmou a sua disposição para encontrar uma solução diplomática para o crescente conflito com o ocidente e anunciou a retirada de algumas tropas perto da fronteira com a Ucrânia e a península anexa da Crimeia

No entanto, os aliados do ocidente e o governo da Ucrânia continuam céticos em relação à disposição do país de diminuir a escalada militar no local. Já durante o dia de ontem, um alto responsável da administração norte-americana disse que a Rússia aumentou sua presença na fronteira com a Ucrânia em "até 7.000 soldados", alguns dos quais, chegaram na quarta-feira.

[Notícia atualizada às 10h14]

Leia Também: Rússia anuncia que continua a retirada militar na península da Crimeia

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