"Vamos enviar hoje essa carta ao lado norte-americano", anunciou Serguei Lavrov, em conferência de imprensa, sublinhando que a Rússia, que exige que Washington e a NATO lhe deem garantias jurídicas para a sua segurança, irá tornar "público" o conteúdo da missiva.
Num discurso à nação feito na terça-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu negociações diplomáticas com Moscovo para resolver a crise sobre a Ucrânia e disse que os EUA apresentaram novas medidas de controlo de armamento e de manutenção de estabilidade para permitir um "ambiente seguro na Europa".
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado mais de 100.000 tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas exige que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) retire as suas infraestruturas militares do leste da Europa.
Moscovo exige também o fim da política de alargamento da NATO aos países do leste da Europa que fizeram parte da União Soviética (1922-1991), como a Ucrânia e a Geórgia.
A Ucrânia inscreveu o seu objetivo de aderir à NATO e à União Europeia (UE) na sua Constituição, através de uma emenda constitucional aprovada em 2019.
Relativamente à Ucrânia, a Rússia exige ao Ocidente uma garantia juridicamente válida de que o país vizinho nunca será membro da NATO.
Os aliados rejeitam as exigências russas e mantêm a política de porta aberta da NATO, bem como o respeito pelo direito de cada país de decidir as suas alianças militares.
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