Japão decide aliviar medidas nas fronteiras... Mas não para turistas

País tem sido acusado de aplicar uma política anticientífica e xenófoba para limitar as entradas. Ainda assim, o alívio agora anunciado não abrange turistas: apenas estudantes e empresários.

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© Yuichi Yamazaki/Getty Images

Notícias ao Minuto
17/02/2022 11:43 ‧ 17/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Covid-19

O Japão anunciou, esta quinta-feira, que vai facilitar as medidas de contenção da pandemia nas fronteiras, aligeirando o veto à entrada de estrangeiros no país e limitando a exigência de quarentenas.

O anúncio surge após várias críticas de que a política atual é anticientífica e xenófoba.

O arquipélago japonês tem mantido as fronteiras encerradas a viajantes estrangeiros, desde o final de novembro do ano passado, só permitindo a passagem a cidadãos japoneses e a residentes externos.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou agora que o limite diário de entrada será aumentado para 5.000 pessoas por dia, incluindo cidadãos nacionais e residentes. Numa primeira fase, a 1 de março, o número passará para 3.500.

A decisão vai facilitar o acesso de estudantes e empresários ao país, mas ainda não abrange turistas.

Fumio Kishida explica que a quarentena será reduzida dos atuais sete dias para apenas três para quem não tem teste negativo à Covid-19 ou comprovativo de vacinação. Quem tiver um resultado negativo para o vírus e faça prova de que já recebeu uma dose de reforço da vacina não terá de cumprir isolamento.

Para tentar travar a propagação da variante Ómicron, do vírus SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19, o executivo japonês optou por fechar a fronteira o que afetou principalmente estudantes estrangeiros e as viagens de negócios, uma vez que os turistas estrangeiros estão impedidos de entrar desde 2020.

O país, que assistiu a uma diminuição significativa do número de infeções no outono, chegou a anunciar uma flexibilização em novembro, mas rapidamente reverteu a decisão com o surgimento da variante Ómicron.

Leia Também: AO MINUTO: "Vamos entrar numa nova fase"; Fim de medidas em vários países

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