O Japão anunciou, esta quinta-feira, que vai facilitar as medidas de contenção da pandemia nas fronteiras, aligeirando o veto à entrada de estrangeiros no país e limitando a exigência de quarentenas.
O anúncio surge após várias críticas de que a política atual é anticientífica e xenófoba.
O arquipélago japonês tem mantido as fronteiras encerradas a viajantes estrangeiros, desde o final de novembro do ano passado, só permitindo a passagem a cidadãos japoneses e a residentes externos.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou agora que o limite diário de entrada será aumentado para 5.000 pessoas por dia, incluindo cidadãos nacionais e residentes. Numa primeira fase, a 1 de março, o número passará para 3.500.
A decisão vai facilitar o acesso de estudantes e empresários ao país, mas ainda não abrange turistas.
Fumio Kishida explica que a quarentena será reduzida dos atuais sete dias para apenas três para quem não tem teste negativo à Covid-19 ou comprovativo de vacinação. Quem tiver um resultado negativo para o vírus e faça prova de que já recebeu uma dose de reforço da vacina não terá de cumprir isolamento.
Para tentar travar a propagação da variante Ómicron, do vírus SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19, o executivo japonês optou por fechar a fronteira o que afetou principalmente estudantes estrangeiros e as viagens de negócios, uma vez que os turistas estrangeiros estão impedidos de entrar desde 2020.
O país, que assistiu a uma diminuição significativa do número de infeções no outono, chegou a anunciar uma flexibilização em novembro, mas rapidamente reverteu a decisão com o surgimento da variante Ómicron.
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