Novos documentos históricos revelaram que Friedrich Camillo Ehrlich, um antigo comandante nazi que supervisionou a tortura e homicídios de crianças no campo de concentração 'Little Auschwitz' (onde estiveram presas entre 3 mil a 5 mil crianças), "viveu uma vida confortável pós-guerra".
O homem não só conseguiu escapar à justiça como escreveu livros e manuais policiais dirigidos à polícia alemã.
O homem foi capturado pelo Exército Vermelho e condenado a prisão perpétua no final da guerra, no entanto, acabou por ser libertado pelas autoridades da Alemanha Oriental e depois desapareceu, segundo detalha o jornal Daily Mail.
A investigação de três meses levada a cabo por historiadores da Polónia revelaram que o comandante nazi conseguiu escapar devido ao seu nome ter sido escrito incorretamente em documentos oficiais. Por causa de um erro administrativo, Friedrich era conhecido como Karl Ehrlich após a guerra.
Ao investigar a fundo arquivos da Alemanha e Polónia, os investigadores descobriram que, após o seu desaparecimento, Friedrich viveu feliz na reforma e prestou consultoria à polícia alemã.
"Nunca foi responsabilizado pelos crimes de guerra", disse Michał Hankiewicz, do Museu das Crianças Polacas, Vítimas do Totalitarismo.
Friedrich era chefe do campo de concentração infantil 'Kinder-KZ' na cidade de Lodz, na Polónia ocupada pelos nazis durante a II Guerra Mundial. Estima-se que entre 3 a 5 mil crianças estiveram lá presas, no entanto, não há dados que deem conta do número de vítimas mortais deste campo de concentração.
Leia Também: Sobrevivente contra uso da estrela de David por antidemocratas