Desde então, a maioria deles foi libertada a pouco e pouco, mas três ainda estavam detidas quando a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, visitou este mês a Etiópia.
Amina Mohammed levantou a questão junto das autoridades e, como explicou hoje o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, dois trabalhadores foram libertados nos últimos dias e, posteriormente, o último que permaneceu detido.
Todos os detidos eram etíopes que trabalhavam para as Nações Unidas e, segundo a organização, foram detidos sem acusações oficiais.
Dujarric acrescentou que a ONU levantou repetidamente a questão com as autoridades e nunca recebeu "esclarecimento por que razão tinham sido detidos".
As detenções ocorreram em pleno período de fortes críticas da ONU ao governo etíope pelos obstáculos que estava a colocar na via de acesso da ajuda humanitária a Tigray, a província onde um conflito armado havia eclodido um ano antes.
A guerra começou quando o primeiro-ministro etíope ordenou uma ofensiva contra a Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF, na sigla em inglês), o partido que governava a região na época, em retaliação por um ataque a uma base militar federal e após uma escalada de tensões política.
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