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Putin já assinou declaração que reconhece independência de separatistas

Presidente russo já assinou decretos que reconhecem a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk.

Putin já assinou declaração que reconhece independência de separatistas
Notícias ao Minuto

19:53 - 21/02/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Ucrânia

O presidente russo já assinou os decretos que reconhecem como Repúblicas Populares as até agora regiões separatistas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia.

A decisão foi oficializada hoje numa cerimónia transmitida pela televisão estatal.  Putin instou ainda o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.

"Considero necessário tomar esta decisão que estava pensada há muito tempo, de reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", referiu o chefe de Estado russo.

Putin pediu também ao parlamento russo para "aprovar esta decisão" para, em seguida, "ratificar os acordos de amizade e de ajuda mútua a estas repúblicas", o que permitirá a Moscovo, por exemplo, enviar apoio militar aos dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano. 

No seu discurso, o presidente concluiu ainda: "Ao anunciar as decisões tomadas hoje, estou confiante no apoio dos cidadãos da Rússia e de todas as forças patrióticas do país".

Vladimir Putin já tinha anunciado, horas antes, que iria decidir hoje sobre o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia, apesar das ameaças de retaliação por parte dos países ocidentais, se o Presidente russo tomasse essa decisão.

Esta decisão pode levar a União Europeia a tomar medidas. Recorde-se que Josep Borrell já tinha referido isso mesmo no seu discurso desta tarde. 

"Se houver anexação, haverá sanções, e se houver reconhecimento [da independência], porei as sanções em cima da mesa dos ministros europeus", precisou o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança.

Leia Também: UE só avança com sanções à Rússia "em reação a factos", diz Santos Silva

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