"É um mau presságio". Líderes mundiais reagem a ação de Putin

O primeiro-ministro britânico não foi o único a discordar da decisão de Vladimir Putin ao reconhecer como Repúblicas Populares Donetsk e Luhansk, na Ucrânia. Também o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, se manifestaram.

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Beatriz Maio
21/02/2022 23:03 ‧ 21/02/2022 por Beatriz Maio

Mundo

Ucrânia/Rússia

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou a decisão de Vladimir Putin de assinar um decreto em que reconhece as regiões orientais da Ucrânia como estados independentes. Segundo o Daily Mail, também o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, "expressaram deceção" perante esta decisão que poderá destruir os acordos de paz de Minsk e dar oportunidade à Rússia para enviar tropas e armas contra a Ucrânia. 

Olaf Scholz, que teve um telefonema com Putin esta segunda-feira, alertou-o que reconhecer as regiões orientais seria uma violação "unilateral" das negociações de paz e que tinha a "responsabilidade" de diminuir as tensões removendo as tropas da fronteira.

Também os Estados Unidos da América (EUA) reagiram ordenando sanções que proibirão novos investimentos, comércio e financiamento nas duas regiões separatistas da Ucrânia reconhecidas por Putin. Joe Biden ligou para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e convocou uma reunião com a Segurança Nacional depois de Putin ter criticado os EUA por colonizar a Ucrânia.

Boris Johnson disse que a decisão de Putin é uma violação do direito internacional, um "mau presságio" e um "sinal sombrio" e a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, revelou que a medida não ficará "impune" e que serão anunciadas novas sanções à Rússia.

As principais autoridades da União Europeia disseram que também tomarão medidas. Dymtro Kuleba, ministro da Defesa da Ucrânia, salientou, após a reunião do conselho, que "o mundo inteiro" observará o que a Rússia fará e "todos perceberão as consequências". Na rede social Twitter, comentou ainda: "É exatamente agora que todos devemos concentrar-nos calmamente nos esforços de descida".

Leia Também: Putin ordena a Exército russo "manutenção da paz" em regiões separatistas

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