Washington continuará os seus esforços diplomáticos "enquanto os tanques russos não estiverem em movimento", disse aos jornalistas o alto funcionário, citado pela agência AFP, escusando-se a precisar quais manobras militares podem ser qualificadas como uma invasão.
Os Estados Unidos prometeram uma resposta "firme" e "rápida" ao reconhecimento de Moscovo da independência das regiões separatistas na Ucrânia, ameaçando uma resposta firme em caso de escalada.
A independência das regiões de Donetsk e de Lugansk, territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, em guerra contra Kiev, foi hoje reconhecida pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que instou o parlamento a assinar os tratados que permitem apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.
As manobras de Vladimir Putin "contradizem diretamente o suposto compromisso da Rússia com a diplomacia", criticou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Em resposta ao reconhecimento de Moscovo, o presidente Biden emitiu uma ordem executiva que proíbe qualquer novo investimento, comércio ou financiamento por pessoas dos EUA para, de ou dentro das regiões pró-russas de Donetsk e Luhansk.
Segundo a Casa Branca, Joe Biden informou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky dessas medidas, reafirmando "o compromisso dos Estados Unidos" de respeitar "a integridade territorial da Ucrânia".
Ao mesmo tempo, a União Europeia fez saber que vai sancionar a decisão de Vladimir Putin de reconhecer a independência daqueles territórios ucranianos.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também prometeu sanções "significativas".
Vladimir Putin assinou hoje o decreto de reconhecimento e os tratados de amizade e assistência mútua com os líderes de Donetsk, Denis Pushilin, e Lugansk, Leonid Pásechnik, uma decisão que diz ter tomado após pedidos de reconhecimento dos líderes separatistas pró-Rússia e depois da Duma (câmara baixa do parlamento russo) enviar uma resolução com um pedido de reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk.
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